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Senado adia votação da MP das Subvenções após apelo do governo

O Plenário do Senado decidiu adiar, nesta terça-feira (19), a análise da Medida Provisória (MP) que acaba com isenção de tributos federais sobre subvenções concedidas pelos governadores para o custeio das empresas beneficiadas. O pedido de adiamento partiu da liderança do governo

Expectativa é que o Projeto de Lei (PL) que prevê a taxação das apostas esportivas seja votado no plenário do Senado nesta terça-feira (12)

O plenário do Senado decidiu nesta terça-feira (19) adiar a votação da Medida Provisória que acaba com a isenção de tributos federais sobre subvenções do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para entidades públicas e privadas destinadas a custeio. A decisão, anunciada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atendeu a um pedido da liderança do governo na Casa. A previsão é a de que o texto seja votado na sessão do Senado agendada para esta quarta-feira (20), às 16h.

A medida, editada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta forte resistência da oposição. O texto mantém apenas a possibilidade de crédito fiscal para as subvenções concedidas pelos estados e o Distrito Federal voltadas para investimento. A mudança pode render até R$35 bilhões aos cofres da União em 2024, o que permitiria ao governo cumprir a meta de déficit zero nas contas públicas no ano que vem. As novas regras, se aprovadas, passarão a valer a partir de 1º de janeiro de 2024.

A Medida Provisória, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, muda o cálculo que as empresas privadas realizam sobre os tributos que são pagos em decorrência dos recursos obtidos por meio de subvenções concedidas pelos governadores. A Medida Provisória prevê a aplicação de descontos para as empresas que quitarem os débitos em razão de conflito envolvendo a subvenção para as entidades, com base em decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.