O ministro da Defesa, José Múcio, se reuniu na tarde desta sexta-feira (8) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da situação envolvendo a Venezuela e a Guiana, que podem iniciar uma guerra por conta do território de Essequibo.
De acordo com o ministro, o reforço no efetivo das Forças Armadas na fronteira do Brasil com a Guiana e a Venezuela, no extremo norte do país já estava programado. A reunião entre Múcio e Lula se dá em meio a uma escalada de tensão na região, desde que o governo do venezuelano Nicolás Maduro realizou um referendo e passou a reivindicar o território de Essequibo, que representa 75% do território da Guiana.
“A fronteira do Uruguai ao Amazonas preocupa, a gente tem que cuidar. Nós temos quase 17 mil km de fronteira. Estamos atentos para que não sejamos instrumentos de um incidente diplomático que envolve dois países. O reforço que já estava previsto foi apenas um pouco antecipado”, afirmou Múcio após deixar o encontro.
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O presidente Lula afirmou, durante reunião de cúpula do Mercosul, que o Brasil está à disposição para sediar reuniões com o intuito de mediar um acordo entre os dois países para evitar uma guerra.
O ministro José Múcio também falou com o presidente Lula sobre a PEC, em tramitação no Senado, que proíbe militares na ativa de se candidatarem em eleições. Pela proposta, o militar federal que se candidatar a um cargo eletivo, no ato do registro da candidatura, será automaticamente transferido para a reserva não remunerada. Já o militar com mais de 35 anos de serviço, será transferido para a reserva remunerada.
Após a reunião com Múcio, o presidente Lula também se encontrou, no Palácio da Alvorada, com os ministros da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, e da Casa Civil, Rui Costa. O próximo compromisso de Lula será na noite desta sexta-feira (8), em uma convenção do PT, que irá ocorrer em Brasília.
