O senador Sérgio Moro (União-PR) criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de não ter indicado uma mulher para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, e se colocou à disposição para dialogar com o ministro da Justiça e Segurança Pública,
“Me pronunciarei apenas na sabatina e no momento da votação. Respeito quem quis adiantar o voto, mas a minha postura nessas sabatinas foi aguardar o momento da sabatina. Eu sou aberto ao diálogo com todo mundo, ainda que eu discorde da pessoa, ainda que eu tenha críticas à pessoa”, enfatizou Moro, em entrevista à CNN.
Moro descartou que tenha algum tipo de problema pessoal com Dino, e disse ter críticas às políticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no combate ao crime organizado.
“Não só isso que está acontecendo no Rio de Janeiro ou que está acontecendo na Bahia, mas um plano para matar um senador. Hoje, saiu na imprensa, que descobriram que o PCC fez um levantamento sobre endereços dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Isso demanda uma ação urgente do governo federal contra o crime organizado. A gente não pode recuar nisso”, disparou Moro.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado agendou a
PEC do Mandato no STF
O senador Sérgio Moro (União-PR) defendeu a discussão a respeito da fixação de mandato para ministros do STF. A matéria está em tramitação no Senado Federal.
“Não tem uma guerra de instituições. A discussão dos mandatos é legítima e o parlamento pode fazer. Na Europa, as cortes constitucionais, que têm um enorme prestígio, os ministros ou juízes lá, têm mandatos de 10, 12 ou 15 anos, e ninguém diz que lá não tem independência judiciária. Se eu vou votar favorável ou não, acho que isso depende da evolução do debate, mas o debate de assuntos, ainda que polêmicos, dentro de uma democracia, é sempre saudável. Esse é o papel do Congresso e do Parlamento. O que não concordo é tratar isso como se fosse uma revanche com o STF, pois não é”, afirmou Moro.