Depois de oito dias de beija-mão nos corredores, cafés e gabinetes do Senado Federal, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) lê nesta quarta-feira (6) os pareceres sobre as indicações de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República (PGR) e do ministro da Justiça Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A previsão é que, após a leitura, o presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) conceda vista coletiva, ou seja, um período para os parlamentares analisarem os relatórios apresentados. A votação das duas indicações está marcada para a sessão da próxima quarta-feira (13).
O relator da indicação de Flávio Dino ao STF é o senador Weverton Rocha (PDT-MA) que, na segunda-feira (4), protocolou um parecer elogioso ao ministro à mesa da CCJ. O nome de Dino para a cadeira desocupada com a aposentadoria da ministra Rosa Weber enfrenta resistência entre os senadores da oposição.
Entretanto, no mês passado, logo após a indicação, o senador Weverton afirmou que o ministro obteria a aprovação da Comissão de Constituição e Justiça e do plenário do Senado — neste, ultrapassando 50 votos, calcula o relator. Os indicados por Lula, Dino e Gonet, precisarão alcançar, pelo menos, 41 votos favoráveis, cada, para assumir o STF e a PGR.
A indicação Paulo Gonet é relatada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Na semana passada, o procurador deu início à peregrinação pelos gabinetes dos senadores para articular o apoio necessário à aprovação de seu nome.
Nesse ínterim, ele se encontrou com parlamentares que compõem a base do governo, mas também esteve com senadores de oposição, entre eles Izalci Lucas (PSDB-DF) — que confirmou o apoio a Gonet.