Criticado pelas viagens internacionais neste primeiro ano de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (5) que priorizará agendas nos municípios brasileiros em 2024. Ele adiantou, durante live semanal, que fará apenas duas viagens ao exterior no próximo ano. O petista planeja ir à Etiópia para a União Africana, uma cúpula de países do continente, que ocorre em fevereiro, e à Guiana, onde participará uma reunião do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom). Este anúncio ocorre em meio ao acirramento de tensões entre a Guiana e a Venezuela, que, nesse domingo (3), aprovou em plebiscito a anexação de parte do território de Essequibo.
“Tenho duas viagens que quero fazer no ano que vem. Uma é para a reunião dos 54 países da África. E outra é a reunião na Guiana, dos países do Caricom. O restante dos 365 dias, se preparem porque eu vou percorrer o Brasil”, disse. A declaração ocorre após uma sucessão de críticas, especialmente da oposição, em relação às agendas internacionais cumpridas em 2023 e os gastos do presidente com as comitivas que o acompanharam nas visitas a cerca de 20 países nos últimos 12 meses. “Quero visitar o Brasil, quero visitar as cidades, quero visitar os estados. Quero conversar com as pessoas, quero conversar com os prefeitos, quero conversar com os governadores. Estou determinado a cuidar do povo brasileiro, a cuidar da civilidade, a cuidar da democracia”, acrescentou.
Lula chega ao Brasil na quinta-feira (7) para a Cúpula do Mercosul, que, nesta edição, acontece no Rio de Janeiro. Ele retorna após participar da Conferência do Clima das Nações Unidas, em Dubai, e de uma série de reuniões na Alemanha. Na sexta-feira (8), o presidente irá à conferência eleitoral do PT.