Na iminência das eleições presidenciais na Argentina, o presidente Lula afirmou, nesta segunda-feira (14), que para que os dois países (Brasil e Argentina) cresçam é necessário um presidente que goste de “democracia, que respeite as instituições, que goste do Mercosul, da América do Sul e que pense na criação de um bloco (econômico) importante”. O presidente fez uma espécie de lembrete aos eleitores argentinos sobre as vantagens de caminhar juntos para criação de empregos e a evolução das relações comerciais nos países da América do Sul.
Lula fez questão de lembrar os números do fluxo comercial entre os dois países. O presidente citou que, de 2003 para 2010, esse fluxo teria saltado de $ 7 bilhões para $ 39 bilhões. “Nós precisamos estar juntos sem divergência. Foi assim que eu convivi com a Argentina até agora”, afirmou. As declarações do presidente foram dadas no programa institucional ‘Conversa com o Presidente’, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação às terças-feiras.
No próximo domingo, os argentinos vão às urnas escolher, em segundo turno, o novo presidente do país. Entre os candidatos estão o candidato considerado ultraliberal, Javier Milei, e o candidato peronista, Sérgio Massa, que é o atual ministro da Economia do governo de Alberto Fernández e tem visto a Argentina amargar uma das maiores inflações das últimas décadas.
Milei é um deputado da extrema direita que já declarou publicamente seu apreço pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e fez várias críticas ao presidente Lula. Milei chegou a sinalizar que cortaria relações com o Brasil, se fosse eleito, por causa da gestão petista.
A poucos dias do pleito, os institutos de pesquisa na Argentina consideram os dois candidatos empatados tecnicamente.
A posse do novo presidente argentino será no dia 10 de dezembro.