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CCJ deve votar relatório da PEC da reforma tributária em sessão na próxima terça-feira

Relatório da PEC da reforma tributária foi entregue pelo senador Eduardo Braga à CCJ no último 25 de outubro

Relator da PEC da reforma tributária entregou parecer à Comissão de Constituição e Justiça

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) presidida pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deve colocar para votação na próxima terça-feira (7) o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma no sistema tributário brasileiro. O documento foi entregue à comissão no último 25 de outubro, cerca de quatro meses após ser aprovada na Câmara dos Deputados e chegar ao Senado.

Nesta quinta-feira (2), o relator se reuniu com o ministro Fernando Haddad, na Fazenda, para análise das mudanças apresentadas por Eduardo Braga em relação à matéria aprovada pelos deputados em julho. Após o encontro, Haddad indicou que acredita na aprovação da PEC com ‘maioria boa’ no plenário do Senado Federal — para onde o texto seguirá se receber o aval da CCJ. “Fizemos um batimento de ponto por ponto da reforma tributária. Estamos seguros que o relatório está bem feito. Vamos ter, se Deus quiser, uma maioria boa no Senado e [acreditamos] que vai ser possível promulgar a emenda constitucional ainda esse ano”, afirmou na portaria da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios.

O ministro assinalou que a reforma apresentada não é perfeita, mas garantirá uma importante mudança no sistema tributário brasileiro. Apesar do otimismo em relação ao parecer técnico de Eduardo Braga, Haddad adiantou que a alíquota base do novo imposto único deve aumentar 0.5 ponto percentual diante do aumento da lista de exceções proposta pelo senador, mas garantiu que não chegará a 28%. “Como ampliaram as exceções, amplia em cerca de meio ponto. Demos essa estimativa à equipe técnica do Senado”, ponderou.

Desejada por Haddad, a promulgação da PEC da reforma tributária ainda em dezembro é perseguida também pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Após ser apresentada à CCJ na terça-feira, a matéria será submetida a uma votação na comissão e, aprovada, seguirá ao plenário do Senado. Conquistando o aval dos parlamentares na sessão, ela retornará à Câmara dos Deputados, onde deve passar por nova votação diante das alterações propostas pelo relator Eduardo Braga. Só então o texto poderá chegar às mãos de Pacheco para promulgação.

Tramitação na CCJ. Na semana passada, Alcolumbre concedeu vista coletiva para os membros da comissão para análise do relatório apresentado Eduardo Braga. O presidente do colegiado acredita na aprovação da matéria na próxima terça-feira (7) na CCJ e, até 9 de novembro, no plenário. Por outro lado, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), da oposição, afirma que o texto será dificilmente aprovado na comissão no dia 7. “Haverá muita discussão e pedido de mais prorrogação”, disse à TV Senado.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.