A comissão instalada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para analisar a possível cassação do presidente da Casa, Gabriel Azevedo (sem partido), começa a ouvir, nesta terça-feira (31), as testemunhas do processo. Os primeiros três depoentes são vereadores, que serão inquiridos como testemunhas de acusação.
A primeira testemunha será o vereador Wagner Ferreira (PDT), que alega ter sido ofendido verbalmente por Gabriel. Depois, será a Miltinho CGE, outro pedetista, que diz ter sido vítima de calúnia em uma entrevista concedida pelo chefe do Legislativo. A terceira testemunha será Wesley Moreira (PP), outro que acusa Gabriel de quebrar o decoro parlamentar.
A denúncia contra Gabriel foi enviada à Câmara pela deputada federal Nely Aquino (Podemos-MG), que antecedeu o vereador na presidência do Legislativo municipal. Ela acusa o ex-colega de
O comitê que investiga a conduta de Gabriel é formado pelas vereadoras Janaína Cardoso (União Brasil), Iza Lourença (Psol) e Professora Marli (PP), relatora da apuração.
Próximos passos
Depois dos depoimentos de 31 de outubro, a comissão vai se reunir nesta quarta-feira (1°), para ouvir os vereadores Flávia Borja (PP) e Marcos Crispim (Podemos). Felipe de Jesus do Espírito Santo, assessor de Crispim, também precisará depor.
Na semana que vem, testemunhas serão ouvidas nos dias 6, 7 e 8. No primeiro dia, será a vez de Guilherme Barcelos, o Papagaio, assessor de Gabriel. Ele chegou a apresentar solicitação pela cassação de Crispim em meio à crise na Câmara de BH.
Também em 6 de novembro, vão depor os vereadores Bráulio Lara (Novo) e Irlan Melo (Patriota), do núcleo formado por parlamentares próximos a Gabriel.
Depois deles, mais parlamentares de BH também terão de responder a questionamentos ligados à cassação do Gabriel. Sérgio Fernando Pinho Tavares (PL), Henrique Braga (PSDB), Cleiton Xavier (PMN) e Fernanda Pereira Altoé (Novo) são esperados para depor.
Gabriel prepara defesa
Em 8 de novembro, Gabriel Azevedo também vai participar de uma reunião da Comissão Processante. Será uma oportunidade para o presidente da Câmara de BH se defender das acusações.
Terminada a investigação, Professora Marli terá de divulgar um parecer sobre a denúncia. Para a cassação ser oficializada, ao menos 28 dos 41 vereadores belo-horizontinos precisam ser favoráveis à punição.
Procurado pela Itatiaia para comentar o cronograma de depoimentos, o presidente da Câmara afirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, que “aguarda os próximos passos da comissão processante”.