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Reforma tributária: relatório é entregue à CCJ, e votação deve ocorrer no dia 7

Relator Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou o relatório nesta quarta-feira (25) e leitura do documento deve ocorrer na sessão desta tarde

Senador Eduardo Braga (MDB-AM) entregou relatório da reforma tributária à CCJ nesta quarta-feira

Cerca de três meses após ser designado relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) entregou nesta quinta-feira (25) o relatório à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deverá votá-lo no dia 7 de novembro. A proposta passará pela comissão presidida por Davi Alcolumbre (União-AP) antes de seguir ao plenário do Senado Federal. O desejo do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é promulgar a PEC até dezembro.

A primeira versão do relatório apresentada por Braga difere do documento entregue a ele após aprovação na Câmara dos Deputados, no mês de julho. O novo texto prevê, por exemplo, a ampliação do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) para R$ 60 bilhões e a criação de um teto para a cobrança de impostos sobre o consumo, conforme esclareceu Braga à imprensa. “Vocês vão encontrar [no relatório] uma trava para a carga tributária. Ela institui um teto de referência com base na média da receita do PIB [Produto Interno Bruto] entre 2012 e 2021. Assim, a alíquota de referência dos tributos será reduzida se exceder esse teto de referência”, afirmou.

Em relação à ampliação do FDR, Eduardo Braga concordou com as reivindicações dos governos estaduais em elevar gradualmente o valor de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões a partir de 2034. O aumento acontecerá ao longo de dez anos com o incremento de R$ 2 bilhões por ano. O novo relatório do líder do MDB também promove outra mudança que afeta os estados. Ele substitui o Conselho Federativo por um comitê-gestor, que se debruçará sobre a arrecadação e a distribuição dos recursos para os estados. "[Esse artigo] inclui a possibilidade do Congresso convocar o presidente do comitê-gestor e solicitar informações como já acontece com os ministros”, pontuou Braga. “Inclui ainda o controle externo pelos tribunais de contas dos estados e, onde houver, dos municípios”, completou.

Outro ponto tocado pelo relatório se refere à redução da alíquota. Os profissionais liberais, conforme antecipou o relator na segunda-feira (23), terão uma alíquota intermediária reduzida em 30% do imposto padrão. As profissões que serão contempladas pela regra deverão ser definidas em uma Lei Complementar.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.