O Ministério das Mulheres lançou, nesta quarta-feira (25), em Brasília, o “Brasil sem misoginia”. O objetivo da mobilização é combater todo tipo de violência e discriminação contra as mulheres. Além da ministra, Cida Gonçalves, a primeira-dama, Janja, também participou do evento em Brasília.
Os objetivos do movimento são: combater feminicídio, violência doméstica e violência sexual; apoiar as mulheres em espaços de poder; combater a violência online (por meio de parcerias com Big Techs contra discursos de ódio); combater a desigualdade salarial e econômica entre homens e mulheres; e banir a violência contra as mulheres no esporte, entre torcedores e atletas.
Minas sem misoginia
Segundo Soraya Romina, Subsecretária da Mulher do Estado de Minas Gerais, em breve, será lançado o “Minas sem misoginia”. O governo estadual vai replicar a iniciativa nacional e, segundo Romina, estado e União estão “totalmente integrados” na pauta. “O governo de Minas se alinha a essa estratégia do governo federal por entender que ela vai ser importantíssima no enfrentamento da violência contra a mulher. Minas Gerais imediatamente também fará, muito em breve, o lançamento do Minas Sem Misoginia, envolvendo todos os atores que nós temos na sociedade mineira. Além disso, vamos conversar com as nossas parlamentares no sentido de estimular a realização de um debate público, eu estou falando de audiência pública na Assembleia com a presença da ministra, para que possamos também levar esse debate para os parlamentos”, adiantou.
Reunião em Brasília
A ida da ministra a Minas está prevista para novembro. Na próxima segunda-feira (30), a secretária de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, Elizabeth Jucá, se reunirá com Cida Gonçalves para tratar do assunto. Segundo Romina, a iniciativa é mais do que uma campanha. “Trata-se de uma cruzada a favor da vida das mulheres mineiras e brasileiras de todo o país. Na verdade, o governo federal propõe uma grande mobilização permanente. É diferente de uma campanha que chega, faz e depois sai de cena. Não é isso que tá sendo proposto. Na verdade, o governo federal propõe essa mobilização permanente envolvendo os diferentes atores da sociedade. Eu estou falando de instituições religiosas, acadêmicas, poder público, entidades da sociedade civil. Enfim, o conjunto de pessoas que podem nos ajudar a reverter esse quadro tão grave, que é o discurso do ódio, a violência que vai se agravando e pode se tornar um feminicídio”.
Combate aos feminicídios
Durante o discurso de lançamento, a ministra citou os 1.400 feminicídios registrados no ano passado e o fato de 58% das prefeitas com mandato atual terem sofrido violência pelo simples fato de serem mulheres. "É preciso enfrentar a misoginia para prevenir os feminicídios. Eles começam com as piadas, as brincadeiras, os maus-tratos, a violência psicológica, a violência moral e o discurso de ódio promovido cotidianamente contra a existência de todas as mulheres”, afirmou a ministra.