O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira (17) que as próximas 48 horas serão decisivas para a saída do grupo, com cerca de 30 brasileiros, que está na Faixa de Gaza aguardando autorização para cruzar a fronteira com o Egito. Um avião presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB) está em Roma, na Itália, aguardando autorização para pousar no Egito e repatriar os brasileiros.
Em coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, o ministro Paulo Pimenta revelou que os nomes dos brasileiros já foram entregues às autoridades que cuidam da fronteira. “Alugamos uma casa, viabilizamos o transporte. Desde domingo, os nomes das pessoas estão com as autoridades no posto da fronteira. Essa expectativa acaba gerando uma tensão”, declarou Pimenta.
O ministro detalhou, ainda, que o fornecimento de água e alimentos está precário na Faixa de Gaza, e defendeu a criação de um corredor humanitário para a retirada de civis, e o envio de alimentos, medicamentos e água para a região. “As próximas 48h serão muito importantes. Há um conjunto de informações sobre falta de água, alimentos e energia. Eu recebi uma informação que os diplomatas estão recebendo um litro de água por dia para todas as necessidades. Se os diplomatas estão recebendo um litro de água, por dia, imagina o conjunto da população a que condições está sendo submetida”, questionou Pimenta.
O Conselho de Segurança da ONU vai analisar nesta terça-feira (17), a partir das 19h, no horário de Brasília, uma resolução do Brasil que propõe a criação de um corredor humanitário em Gaza e um cessar-fogo de Israel para viabilizar a saída de civis. “Normalmente, o país que exerce a função de presidência tem a responsabilidade de construir um consenso para o entendimento do conteúdo, para construir o consenso. Nossa expectativa é essa. Nós estamos trabalhando a partir da proposta que não foi aprovada (da Rússia), ouvindo todos os países que compõem o Conselho de Segurança. Principalmente, os países que possuem poder de veto. Para tentar construir um entendimento”, concluiu Pimenta.