Filas com centenas de caminhões e ambulâncias com ajuda humanitária aguardam na fronteira, no Egito, para entrar em Gaza. Para efetivar a operação, o comboio precisa ser autorizado pelo governo egípcio. A última orientação de Israel foi para que moradores de Gaza, se deslocassem para a faixa sul porque o lado norte seria invadido, por terra, pelas tropas israelenses.
No entanto, os que se deslocaram estão ilhados e relatam escassez de alimentos e falta de atendimento médico, como relata Hasan Rabee.
O grupo de dezesseis brasileiros chegou, nesse sábado (14), à cidade de Khan Younes, na região. Antes, eles estavam em uma escola católica da Cidade de Gaza, aguardando o início da operação de repatriação. O deslocamento para o sul chegou a ser suspenso pelo Itamaraty por motivos de segurança. No entanto, com o agravamento do conflito eles foram transportados para a fronteira em caráter emergencial.
A segunda etapa da operação é a passagem para o Egito por Rafah, mas segundo o governo egípcio não há data prevista para a travessia. Nesse sábado, o presidente Lula conversou, por telefone, com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, para solicitar apoio à retirada dos brasileiros que estão tentando sair da Faixa de Gaza. O petista, que é presidente temporário do Conselho de Segurança da ONU, reforçou a necessidade de criação de um corredor humanitário para retirar estrangeiros e disse que assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o aeroporto de Arish, onde a aeronave brasileiro aguarda para repatriação. O Brasil foi o primeiro país a realizar operação de resgate de nacionais após o início do conflito.