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Lula cita medo da anestesia geral e prevê rápido retorno à presidência após cirurgia no quadril

Presidente Lula será internado na sexta-feira (29) para cirurgia no quadril, na unidade do Sírio-Libanês em Brasília

Presidente Lula (PT) recebeu o primeiro-ministro do Vietnã nesta segunda-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se internará no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na sexta-feira (29), onde passará por cirurgia para alívio das dores provocadas pela artrose. A equipe médica que cuida do petista em São Paulo coordenará o procedimento cirúrgico, que consiste na colocação de uma prótese no quadril. Nesta segunda-feira (25), após agenda no Palácio do Itamaraty, o petista falou à imprensa e previu um rápido retorno à presidência após a cirurgia.

“Se depender de mim, não fico um dia [afastado]. Eu me interno na sexta-feira, se depender de mim, na segunda-feira estarei no Planalto ou no Alvorada despachando”, disse. "É uma cirurgia que a ciência domina bem, mas, obviamente, é sempre uma cirurgia... O que tenho medo é da anestesia, porque vou dormir e não gosto de perder o domínio da minha consciência. Mas, os médicos disseram que a anestesia avançou bem, não é como era no passado”, acrescentou.

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O presidente reforçou que as fortes dores no quadril provocadas pela artrose o afetam há um ano. “Estou desde agosto do ano passado com dores. Dói para dormir, dói para levantar, dó para sentar, dói para ficar de pé... Eu tinha alguns compromissos para resolver antes”, afirmou em referência à corrida eleitoral e ao programa de governo nos primeiros seis meses do mandato. “Eu precisava recuperar as políticas públicas esvaziadas pelos governos que nos sucederam e tinha a tarefa de recolocar o Brasil no cenário mundial. Agora vou parar um pouco para me tratar”, concluiu.

Lula terá agenda agitada antes da cirurgia no quadril

Às vésperas de concluir as indicações para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repetiu nesta segunda-feira (25) que raça e gênero não serão critérios para eleger os nomes que sucederão o procurador Augusto Aras e a ministra Rosa Weber. “O critério não será esse. Vou escolher uma pessoa que atenda aos interesses e às expectativas do Brasil”, afirmou no Palácio do Itamaraty, em um de seus últimos compromissos públicos antes da cirurgia no quadril. “Não precisa perguntar sobre questão de gênero e de cor. No momento certo vocês vão saber quem indicarei. Pretendo indicar a pessoa mais correta que eu conhecer, a pessoa que eu tiver mais fé que será grande na Suprema Corte. É o que o Brasil precisa”, ressaltou.

As indicações devem ser apresentadas por Lula nos próximos dias. O procurador-geral da República Augusto Aras, que encerrará seu mandato na terça-feira (26). Até que a indicação do presidente seja feita e aprovada pelo Senado Federal, a subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos assumirá o cargo. Em relação ao STF, a presidente Rosa Weber atinge no início de outubro a idade-limite para atuação na Corte e se aposentará na próxima quinta-feira (28), quando o ministro Luis Roberto Barroso assumirá a presidência do Tribunal.

O comando da Caixa Econômica Federal também foi discutido pelo presidente Lula em declaração à imprensa, no Itamaraty, nesta segunda-feira. Ao contrário do que disse o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), à Folha de S. Paulo no último dia 17, Lula não admite que haverá mudança na chefia do banco. Na entrevista, Lira garantiu que os partidos de Centrão ocuparão cargos na Caixa — inclusive, um desejo do parlamentar é substituir a atual presidente Rita Serrano pela colega de partido Margarete Coelho (PP-PI).

Por outro lado, Lula afirmou que mudanças não serão feitas até o próximo ano. “Na hora que eu for mexer em alguma coisa, vou mexer. Vocês saberão. Nada será feito à meia-noite, será feito durante o dia. Só eu tenho o direito de colocar. Só eu tenho o direito de tirar”, disse à imprensa. “O único cargo que eu não posso mexer é no meu e no do Alckmin, que foi o povo brasileiro que deu. Mas, o restante, posso mexer em qualquer um. Por enquanto não estou disposto a mexer neste ano”, garantiu.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.