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Após fala de Lula, Cleitinho promete ‘fazer de tudo para impedir’ voto secreto no STF

Senador por Minas Gerais pregou ‘transparência’ e pediu estudos a técnicos legislativos sobre possível caminho para barrar eventuais sigilos

O senador Cleitinho Azevedo, do Republicanos

O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) disse que vai “fazer de tudo para impedir” a possibilidade de voto secreto no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração, dada nessa terça-feira (5), foi feita em resposta a uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que indicou ser favorável ao sigilo das opiniões dos ministros. Cleitinho afirmou que pediu, à Consultoria do Senado Federal, um estudo sobre formas possíveis de impedir a instituição, a qualquer tempo, de voto secreto na Suprema Corte.

“A sociedade, que é o povo, precisa, sim, saber como os ministros estão votando. Os ministros, você, que é o presidente, e eu, que sou senador, somos empregados dessa sociedade. Temos de ter transparência”, disse o parlamentar, em um vídeo publicado em uma rede social.

Também nessa terça-feira, durante o “Conversa com o Presidente”, Lula chegou a dizer que “a sociedade não tem que saber como vota um ministro da Suprema Corte”.

“Para a gente não criar animosidade, eu acho que era preciso começar a pensar se não é o jeito da gente mudar o que está acontecendo no Brasil. Porque do jeito que vai daqui a pouco um ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua, passear com sua família porque tem um cara que não gostou de uma decisão dele”, defendeu o petista.

Para criticar a posição do chefe do Executivo federal, Cleitinho citou o fato de o STF ter formado maioria, entre os ministros, para retomar a obrigatoriedade da contribuição sindical, limitada a um teto de 1% dos rendimentos anuais.

“Quer obrigar o trabalhador a pagar imposto para sindicato. O trabalhador, se sentir representado paga; se não se sentir, não tem de ser obrigado a pagar. É por isso que não querem que você saiba como os ministros estão votando”, criticou.

Depois, o senador por Minas Gerais criticou a possibilidade de o ministro Luís Roberto Barroso, futuro presidente da Corte, colocar temas ligados a drogas e aborto em debate.

“Vocês querem que debatam drogas e aborto para poder legalizar isso? A população brasileira quer? É por isso que o presidente Lula não quer que você fique sabendo como os ministros estão sabendo”, finalizou.

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