O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve falar durante o evento de 7 de Setembro na capital federal. Os discursos foram marca dos governos Bolsonaro no últimos anos e implicaram inclusive o presidente em ações na Justiça não devem se repetir no governo Lula. O presidente pretende usar amplamente as cores verde e amarelo durante o evento que comemora a independência, mas planeja um discurso que deve se firmar sobre três assuntos: soberania nacional, família e democracia.
De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão vai ser nesta quarta-feira(6).
O tradicional desfile militar será menor este ano com previsão de duas horas de duração e sem a presença das polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal. Na gestão de Bolsonaro os desfiles, além de mais longos, utilizaram até tratores que representavam o Agronegócio e serviram para promover manifestações e ataques ao Judiciário.
Estima-se um público de 30 mil pessoas na estrutura montada para receber o evento na Esplanada dos Ministérios. O desfile terá destaque para as Forças Armadas que também atuarão na segurança do evento. A expectativa é de que desfilem 400 integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB), 600 da Marinha e 1.000 do Exército.
O governo do Distrito Federal (GDF), reforçou o esquema de segurança após receber alertas do Ministério da Justiça. Segundo a governadora em exercício, Celina Leão (PP), estarão à disposição 2.080 policiais militares e 500 civis.
O GDF se reunirá, nesta segunda-feira, com o Gabinete de Mobilização Institucional composto por integrantes do Ministério da Defesa, da Justiça, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Supremo Tribunal Federal (STF), da Agência Brasilieira de Inteligência e do Congresso Nacional para tratar de reforços e evitar possíveis intercorrências no evento.