Os irmãos Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira faltaram novamente à sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras marcada para acontecer às 18h desta quarta-feira (30). Os dois são sócios da 123Milhas e deporiam à CPI sobre a suspensão da emissão de passagens aéreas para clientes que adquiriram bilhetes para o período entre setembro e dezembro. Ao presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), o advogados do irmãos, Eugênio Pacelli, alegou que eles se reunirão às 18h30 com o ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), e, assim, não poderiam comparecer à comissão.
No ofício enviado à CPI, Pacelli anexou uma troca de e-mails entre um escritório de advocacia e o Ministério do Turismo solicitando o agendamento da reunião. A primeira mensagem data de sete dias atrás, 23 de agosto, cinco dias após o escândalo do cancelamento das passagens vir a público. O e-mail disparado pelo gabinete do Ministério do Turismo indicando que o encontro acontecerá nesta quarta-feira foi enviado às 16h03 desta tarde.
“A documentação em anexo comprova o agendamento prévio do citado compromisso”, afirmou o advogado Eugênio Pacelli no ofício. Segundo ele, os irmãos Ramiro Júlio e Augusto Júlio estarão disponíveis para depor à CPI das Pirâmides a partir da próxima segunda-feira (4) e garantiu que os sócios se comprometem a comparecer no novo horário marcado. “Dispensando intimação formal e custeio das despesas de viagem”, concluiu o advogado.
Proprietários da 123Milhas faltaram à primeira data marcada
Os irmãos Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira eram aguardados para depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras nessa terça-feira (29). Eles não compareceram e conseguiram, graças a decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), adiar o depoimento para 18h de quarta-feira (30). O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou que os sócios da empresa de viagens seriam conduzidos coercitivamente se não comparecessem à oitiva marcada.
À ministra Cármen Lúcia, o advogado Eugenio Pacelli afirmou que os irmãos Ramiro e Augusto só souberam da convocação pelas redes sociais, mas, se comprometeram a vir à sessão na quarta-feira. A ausência dos sócios na sessão da CPI das Pirâmides Financeiras ocorre na exata data em que a 123 Milhas protocolou na Justiça de Belo Horizonte um pedido de recuperação judicial.
A CPI analisa desde 19 de agosto a possibilidade dos negócios da 123 Milhas serem estruturados como uma pirâmide financeira. O relator Ricardo Silva (PSD-SP) reiterou a hipótese citando o recente pedido de recuperação judicial do grupo. “Fui informado há pouco sobre o anúncio de recuperação judicial. [Esse anúncio] reforça a nossa tese de que algo muito errado acontecia ali. Não pelo pedido de recuperação judicial, mas pela forma como se deu”, disparou.
Além da CPI das Pirâmides, os ministérios do Turismo e da Justiça e Segurança Pública igualmente se propuseram a investigar a atuação da 123Milhas e o cancelamento dos serviços contratados pelos clientes. O objetivo é garantir a reparação dos danos causados.
123Milhas: suspensão de emissão de passagens, demissão em massa e recuperação judicial
Grupo mineiro com sede em Belo Horizonte e proprietário da MaxMilhas, a 123Milhas suspendeu no último 18 de agosto a emissão de passagens aéreas adquiridos por clientes na linha promocional para os meses entre setembro e dezembro. O anúncio do cancelamento foi o primeiro indicativo público da crise financeira que assola a empresa. Na última segunda-feira (28),
O capítulo mais recente do escândalo ocorreu nessa terça-feira (29), quando o grupo de sócios solicitou