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Ministros do STF visitam Apac de Santa Luzia e defendem reintegração de presos

Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin cumpriram agenda na região metropolitana de Belo Horizonte

Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin visitaram Apac de Santa Luzia, nesta segunda-feira

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin visitaram, nesta segunda-feira (21), a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Eles conheceram a estrutura do lugar, inaugurado em 2013 e que recebe até 200 detentos dos regimes fechado e semiaberto. Também estiveram na associação o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino - que cumpriu outras agendas na capital mineira - e o senador Randolfe Rodrigues.

A Apac é uma entidade civil que desenvolveu um modelo para recuperação e reintegração social de presos, baseado na garantia da dignidade humana, em que eles cumprem regras diferentes do sistema prisional comum, como a não utilização de uniformes e até mesmo a ausência de agentes penitenciários armados. No entanto, para serem encaminhados às Apacs, os detentos precisam, antes ter passado pelo sistema tradicional.

Gilmar Mendes reforçou a importância do trabalho das Apacs e relembrou o lançamento do mutirão carcerário, quando era presidente do STF, entre 2008 e 2010, que pôs em liberdade 22 mil presos.

“Nós percebemos que não adiantava apenas fazer o mutirão carcerário e lograr o alvará de soltura de tantas pessoas. Era preciso encaminhar no sentido de um programa de ressocialização. E lançamos então o chamado ‘Começar de Novo’, um projeto que, de alguma forma, os senhores concentram aqui, quando colocam o projeto de recuperação já é implícito em todo o trabalho das Apacs”, afirmou.

Já a ministra Cármen Lúcia lembrou da frase “todo homem é maior do que seu erro” para defender a dignidade para quem cumpre pena.

“Estamos unidos na busca da melhor solução para que, como todos nós seres humanos, erramos, no cometimento de um erro, se é contrário ao direito é preciso que responda por isso e a pena é só isso: uma a resposta que o direito estabeleceu em caso de alguns erros para os quais é preciso pensar e tocar a vida adiante”, disse a ministra Cármen Lúcia.

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