O vereador Wagner Ferreira, do PDT, assumiu a vice-liderança do prefeito Fuad Noman (PSD) na Câmara Municipal de Belo Horizonte (PBH). Ferreira vai atuar ao lado do líder do governo, o também pedetista Bruno Miranda, na articulação política do poder Executivo junto aos parlamentares. A escolha dele para a vice-liderança foi comunicada nesta terça-feira (1).
A escolha consolida o PDT como um dos principais partidos da base aliada a Fuad. O grupo governista tem, também, a chamada “Família Aro”, formada por vereadores ligados ao secretário de Estado de Casa Civil de Minas Gerais, Marcelo Aro (PP).
Wagner Ferreira vai substituir Wanderley Porto (Patriota),
Ferreira e Miranda têm a missão de encerrar a obstrução iniciada duas semanas atrás por vereadores de oposição a Fuad. Quase 2 mil requerimentos foram protocolados,
“A obstrução faz parte do processo legislativo. Aqueles que estão insatisfeitos com a prefeitura têm o recurso da obstrução, que é uma oportunidade de ampliar o diálogo. Quem obstrui quer conversar — e o governo está disposto a conversar com todo mundo”, disse o novo vice-líder.
“Não tem prazo (para o fim da obstrução), mas a gente espera que não demore muito”, completou.
Até janeiro deste ano, Wagner Ferreira era suplente da correligionária Duda Salabert. Ele é ligado ao Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais (Sinjus) e a outras entidades de classe.
Do PP para o Podemos
Em meio às mudanças em postos de liderança da Câmara, houve, também, uma troca partidária. Marcos Crispim deixou o PP e rumou ao Podemos. No novo partido, ele reencontrou a deputada federal Nely Aquino, presidente estadual da agremiação.
Segundo Crispim, a presença de Nely no comando do Podemos foi essencial para a mudança. “A gente teve uma convivência muito boa enquanto vereadores — e ela como presidente (da Câmara Municipal). Brinco sempre que ela é minha deputada federal”, afirmou.
O vereador contou esperar ter “todas as condições para trabalhar” na nova sigla. “No antigo partido, a gente teve alguns probleminhas. Foi o motivo de minha saída”, pontuou.
PP e Podemos, vale lembrar, são partidos que orbitam em torno do grupo de Marcelo Aro. Prova disso é que Nely Aquino mandou instalar, em seu gabinete de Belo Horizonte, uma placa que define o escritório como