O governo de Romeu Zema (Novo) colecionou vitórias na Assembleia Legislativa de Minas Gerais no primeiro semestre de 2023.
O governo Zema afirma que tem o apoio de 57 dos 77 deputados estaduais. No caso da emenda da segurança, 12 parlamentares da base traíram o governo e votaram para autorizar o reajuste da categoria, enquanto outros 10 se ausentaram ou não votaram. O presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), formalmente integra o bloco de partidos da base, mas ele não participa das votações.
“O que acontece é que os parlamentos mudaram, a realidade da política mudou”, disse o líder e futuro secretário de Governo de Zema, Gustavo Valadares (PMN), cuja principal função a partir de terça-feira (11) será articular a aprovação dos projetos do governo na ALMG.
“Antigamente quando um deputado tomava posse, você sabia se ele era a base ou oposição para o que desse e viesse. Hoje a realidade é outra. As redes sociais vieram com muita força e exercem uma influência muito grande”, afirmou. “Confio nos 57 deputados. Por vezes, teremos votações mais apertadas e em outras, mais tranquilas. Mas o que importa é o resultado final”, concluiu Valadares.
Líder da oposição, Ulysses Gomes (PT) afirma que o placar de 34 votos a 31 é um sinal de que o governo tem força para aprovar a adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O governo Zema já tem autorização do STF para fazê-lo, mas diz querer a aprovação da ALMG para ter respaldo político na implementação de medidas de contenção de despesas, como limitação de concursos públicos e de aumento para servidores.
“A base do governo Zema não é tudo isso que ele prega. A notícia que ele passa é que tem uma base ampla aqui, mas teve uma dificuldade enorme para derrotar uma emenda que valorizava os servidores da segurança pública. Era uma emenda autorizativa e o governo jogou muito peso para ter apenas 34 votos”, avaliou o petista.
Na segunda-feira (10), o presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB), vai se reunir com os líderes da Casa para decidir os próximos projetos que serão votados. Além da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, que precisa ser analisada para os deputados entrarem no recesso parlamentar, a discussão deve abordar o projeto que acaba com o IPVA Complementar pago por locadoras em Minas Gerais.