O CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi, avaliou que as exigências e acréscimos feitos pela prefeitura de Belo Horizonte, durante a gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), poderiam ter tornado a construção do estádio do Atlético inviável.
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Muzzi participou nesta quinta-feira (15) de uma reunião da CPI do Abuso de Poder, da Câmara Municipal de BH. A comissão apura se as contrapartidas exigidas para a construção do estádio do Galo foram impostas pela gestão do ex-prefeito Kalil para prejudicar o andamento das obras.
“Se a gente fosse fazer a realidade dessa obra em 2018 sabendo que quase 50% seria cobrado em contrapartidas não seria viável”, afirmou Muzzi.
O gestor foi questionado pelo presidente da CPI, vereador Wesley Moreira (PP), se as exigências e acréscimos teriam inviabilizado a construção do estádio. “Caso vocês não atendessem todas essas exigências, acréscimos, o que poderia acontecer de fato? Se vocês não atendessem a tudo que foi exigido pela gestão Kalil, vocês teriam conseguido construir esse estádio?”
“Com certeza, não”, respondeu Bruno Muzzi. “Fiquei todo esse período discutindo todos os pontos, o que era defensável e o que não era. Diversas discussões e pontos de vista divergentes”, explicou.
O CEO da Arena apresentou o detalhe sobre os gastos com as contrapartidas e ressaltou que o valor passou de R$ 40 milhões no início do projeto para R$ 335 milhões.
“Tinha um processo de operação simplificada, quando entrei já havia a migração para um interesse social e ali, de fato, começou quase um novo processo de licenciamento. Temos um lapso de tempo significativo”, afirmou Muzzi.