O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) uniu, nesta terça-feira (13), ações movidas por PL e PT pedindo a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). As duas queixas tratam de gastos feitos por Moro à época da pré-campanha do ano passado, quando ainda cogitava disputar o Palácio do Planalto sob a bandeira do Podemos.
A decisão de colocar as duas ações em tramitação conjunta partiu do desembargador Mario Helton Jorge. Na visão do magistrado, as peças apresentadas por PT e PL partem de denúncias semelhantes, como prática de caixa dois, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
Jorge acolheu argumentos que apontam que Moro teria se cacifado como possível postulante a presidente a fim de ganhar musculatura para disputar um cargo de menor visibilidade. Ele determinou que União Brasil e Podemos prestem informações à Justiça Eleitoral. As duas legendas terão 10 dias para fornecer dados como a data de filiação de Moro e o início da vigência de contratos de prestação de serviços.
A ação movida pelo PT é subscrita, também, por representantes de PCdoB e PV, uma vez que as três agremiações formam uma federação partidária. A decisão do desembargador Mario Helton Jorge permite, ainda, o avanço da apuração à fase de oitiva de testemunhas.
Se houver a cassação de Moro, a vaga pode ficar para Paulo Eduardo Martins, que concorreu ao Senado pelo PL do Paraná.