A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-SP), deixou claro nesta sexta-feira (26) que permanecerá no cargo e que vai tentar convencer o Congresso Nacional a não esvaziar a pasta.
Ela concedeu entrevista à CNN Brasil após uma reunião com o presidente Lula, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e lideranças do governo no Congresso.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSOL-SP), também participou do encontro - na quarta-feira (24), a Câmara dos Deputados
“A melhor forma de ajudar o governo é estando dentro do governo para viabilizar as políticas de combate ao desmatamento, desenvolvimento sustentável. Hoje nós temos 19 ministérios com a agenda do clima e da bioeconomia”, disse Marina Silva ao ser perguntada sobre a permanência na pasta.
Na quinta-feira, uma comissão mista do Congresso alterou uma medida provisória editada pelo presidente Lula (PT) aprovou a retirada do Cadastro Ambiental Rural e da Agência Nacional de Águas (ANA) do Ministério do Meio Ambiente. As estruturas foram transferidas para o Ministério da Gestão e para o Ministério de Desenvolvimento Regional, respectivamente.
Integrantes do governo comemoraram a aprovação da MP porque se ela não for aprovada em plenário até o dia 1º de junho, a estrutura dos ministérios do governo Lula voltará a ser a do governo Jair Bolsonaro.
Leia mais:
“Em uma democracia, a gente dialoga. Quando você me pergunta ‘tá preparada para a guerra?’, eu estou preparada para o diálogo. Sou uma democrata. Fui senadora por 16 anos, sou uma mulher de luta e de paz. Estou preparada para o diálogo, para o convencimento”, disse Marina Silva à CNN.
“Infelizmente temos uma situação delicada no Congresso Nacional em que há uma maioria de parlamentares que gostariam de reeditar a estrutura e as políticas do governo anterior. E o governo está trabalhando muito fortemente para manter o seu programa”, acrescentou a ministra.
Além da disputa com o Congresso Nacional, Marina Silva trava um embate dentro do governo Lula com o Ministério de Minas e Energia. O Ibama, órgão subordinado à ela, rejeitou pedido da Petrobras para perfurar poços em busca de petróleo na foz do rio Amazonas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além de políticos da região Norte, que seria beneficiada economicamente pela exploração, pressionam o Ibama a reverter a decisão e autorizar as atividades da Petrobras no local.
