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Filho de Flordelis pode se tornar vereador de cidade do RJ caso acusado de assédio seja cassado

Wagner Andrade Pimenta, o Misael, é o primeiro suplente do Podemos, partido de Jorge Mariola, parlamentar em São Gonçalo

Misael (ao centro) é suplente de vereador em São Gonçalo

Wagner Andrade Pimenta, o Misael, um dos filhos adotivos da ex-deputada federal Flordelis, pode se tornar vereador na cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Ele é o primeiro suplente do Podemos, partido de Jorge Luiz Gasco, o Jorge Mariola, alvo de investigação que pode culminar em cassação. Mariola é acusado de assédio sexual por uma servidora da Câmara Municipal gonçalense. Caso o parlamentar perca o direito de exercer o mandato, a vaga fica com Misael.

Em 2020, Mariola obteve 2.027 votos, ante 2.023 de Misael. O filho de Flordelis, condenada a mais de 50 anos de prisão pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, foi mais votado que outros concorrentes, eleitos ao Legislativo de São Gonçalo. O desempenho da chapa montada pelo Podemos, porém, fez com que o partido obtivesse apenas um assento.

A possibilidade de Misael, que já foi vereador, tomar posse na Câmara de São Gonçalo foi antecipada pelo portal “g1” e confirmada pela Itatiaia por meio de consulta à base de dados da Justiça Eleitoral.

A acusação contra Jorge Mariola veio à tona na semana passada. Thayssa Guimarães, de 25 anos, que trabalha na sede da Câmara, acusou o parlamentar de tecer um comentário com alusões à prática de sexo oral. Ela diz, ainda, que o político tentou beijá-lo à força.

“Eu estava atendendo a uma pessoa, e minha chefe estava atendendo o vereador. Em dado momento, eu soltei o cabelo, que estava preso em um coque, e ele falou: ‘Nossa, o cabelo dela é grande, bom para puxar e fazer assim’ e fez menção a sexo oral, como se fosse para eu fazer sexo oral nele”, contou a mulher, ao “g1”.

Nas redes sociais, Mariola negou a acusação e acusou a imprensa de veicular “fatos infundados”. “Sou homem público há mais de vinte anos. Jamais tive qualquer mácula. A equipe está acompanhando a conclusão do inquérito para, ato contínuo, adotar as medidas judiciais cabíveis”, defendeu-se.

Depoimento no caso Flordelis

Em novembro do ano passado, durante depoimento ao júri responsável por analisar as acusações a Flordelis, Misael afirmou que Anderson do Carmo sabia da existência de planos para assasiná-lo.

Segundo Misael, Anderson acreditava que a ideia de matá-lo surgiu de uma das filhas adotivas da esposa. A execução aconteceu em 2019.

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