O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou a violação territorial da Ucrânia nesta terça-feira (25), durante discurso no parlamento de Portugal. A sessão do legislativo português foi marcada por protestos de deputados da ultradireita.
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“O Brasil compreende a apreensão causada pelo retorno da guerra à Europa. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia. Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais”, disse Lula.
“Ao mesmo tempo, é preciso admitir que a guerra não poderá seguir indefinidamente. A cada dia que os combates prosseguem, aumenta o sofrimento humano, a perda de vidas, a destruição de lares”, acrescentou o presidente.
Durante o discurso de Lula, 12 deputados do partido Chega ficaram de pé com cartazes com a bandeira da Ucrânia e com frases pedindo o “fim da corrupção”. Os parlamentares também bateram na mesa para atrapalhar a fala do petista.
‘Soluções militares’
O presidente brasileiro criticou a busca por soluções militares para divergências entre as nações e citou a Revolução dos Cravos, que completa 49 anos nesta terça-feira, como episódio que “mostra que uma potência militar que enfrenta um povo em luta pela liberdade jamais poderá vencê-lo”.
“Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da História. Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política”, afirmou Lula.