O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, neste sábado (22), que nunca “igualou” as responsabilidades de Rússia e Ucrânia na guerra começada em fevereiro do ano passado. Durante
“Nunca igualei Rússia e Ucrânia. Eu sei o que é invasão e o que é integridade territorial. Mas agora a guerra já começou e alguém precisa falar em paz”, disse, neste sábado.
A declaração foi dada após Lula ser questionado por uma jornalista portuguesa sobre manter, ou não, a declaração
“O Brasil quer encontrar um jeito de estabelecer a paz entre Rússia e Ucrânia. O Brasil não quer participar da guerra. O Brasil quer encontrar um grupo de pessoas que se disponham a gastar um pouco de seu tempo conversando com todos os que pregam pela paz para fazer a paz”, garantiu.
Lula afirmou crer que a participação de outros países pode ser fundamental para mediar o conflito. Ele contou ter conversado sobre isso com o presidente chinês Xi Jinping e com outros líderes internacionais, como o estadunidense Joe Biden, o francês Emmanuel Macron e o chanceler russo Sergey Lavrov — que visitou o Brasil nesta semana.
“É melhor encontrar uma saída em torno de uma mesa do que continuar tentando encontrar uma saída no campo de batalha”, defendeu.
Ao lado de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente português, Lula lembrou quando negou o pedido do chanceler alemão Olaf Scholz para a venda de mísseis brasileiros à Ucrânia.
“Se a gente vendesse os mísseis e esses mísseis fossem doados à Ucrânia e esses mísseis fossem utilizados e morresse um russo a culpa seria do Brasil. O Brasil estaria na guerra. E o Brasil não quer participar da guerra. O Brasil quer construir a paz”.
Rebelo evita opinar sobre posição do Brasil
Embora tenha salientado que os portugueses condenam a invasão russa ao território ucraniano e feito a reivindicação por punição ao país de Vladimir Putin, Rebelo de Sousa não fez comentários sobre a posição de Lula.
“O papel do Brasil é o Brasil que define. Há um princípio fundamental: o presidente Lula da Silva não substitui o presidente, a Assembleia da República e o governo português; eu não substituo o presidente Lula da Silva e o Congresso do Brasil”, assinalou.