Ex-ministro de Relações Exteriores e assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim foi escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar conter a crise com os Estados Unidos, a União Europeia e a Ucrânia após uma declaração sobre a guerra.
Amorim embarca, em breve, para Kiev onde se reúne com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Em outra frente, nesta sexta-feira (21), o secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo recebeu representantes da comunidade ucraniana em Lisboa, Portugal, onde a comitiva presidencial se encontra para uma visita que dura até o início da próxima semana.
Em entrevista coletiva, o ministro reforçou que posição brasileira é de “neutralidade” em relação ao conflito.
“A posição do presidente Lula é encontrar um caminho para a paz. É acabar com esse conflito. Ele quer ajudar. A liderança que ele tem hoje no mundo, de encontrar países que tenham essa mesma determinação, de não se envolver no conflito, de não tomar posição nem para um lado e nem para outro, para ter condições políticas de encontrar um caminho para a paz”, ressaltou.
Na última semana, pegou mal comentários de Lula sobre a responsabilidade mútua de Rússia e Ucrânia no conflito. O presidente também disse que, ao financiar ações militares do governo Zelensky, Estados Unidos e Europeia contribuem para o prolongamento da guerra.