O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (25), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que não tem a capacidade de dizer quando a taxa de juros vai cair, uma vez que tem apenas um dos nove votos do Comitê de Política Econômica (Copom).
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Campos Neto avaliou que o controle da inflação é um importante instrumento social e defendeu o regime de metas adotado pelo banco.
“Não tem consumo estável e planejamento de empresa eficiente com inflação alta. O combate a inflação é uma missão muito social”, afirmou o presidente do BC.
Questionado pelos parlamentares da comissão se a aprovação do novo arcabouço fiscal elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seria suficiente para garantir a queda dos juros, Campos Neto respondeu que a questão fiscal tem peso sim na avaliação do BC. “A parte fiscal faz com que as expectativas de inflação caiam, isso aconteceu quando foi aprovado o teto de gastos”, lembrou.
Ele repetiu que nenhum presidente do BC gosta de elevar juro. “Eu brinco com meu antecessor - Ilan Goldfajn - que ele nunca precisou subir a Selic”, afirmou.