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Alckmin: Gonçalves Dias teve ‘dificuldades de comando’ em 8/1 e ‘fez o correto’ ao se demitir

Vice-presidente pregou cautela e evitou comentar o teor do depoimento do ex-chefe do GSI à PF; general estava no Planalto durante atos antidemocráticos

Em Brasília, Alckmin comentou brevemente os desdobramentos do caso de G. Dias

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, neste sábado (22), que o general Marco Edson Gonçalves Dias “fez o correto” ao pedir demissão do posto de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Alckmin falou sobre o tema em Brasília (DF), quatro dias após serem reveladas imagens que mostram o militar no Palácio do Planalto em 8 de janeiro, durante a invasão de participantes dos atos antidemocráticos.

“G. Dias fez o correto, que foi pedir demissão. Ele explicou que, naquele momento… as dificuldades de comando. Vamos aguardar”, afirmou Alckmin, utilizando a expressão pela qual o general é conhecido.

Alckmin foi questionado por jornalistas sobre o depoimento dado por Gonçalves Dias à Polícia Federal (PF) nessa sexta-feira (21). O general afirmou que estava no Planalto fazendo “gerenciamento de crise” da situação e que, naquele momento, não tinha “condições materiais” de executar, sozinho, as prisões dos manifestantes.

Reveladas pela CNN Brasil, as gravações do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto mostraram a movimentação de Gonçalves Dias e de outros agentes do GSI no local. O general da reserva aparece em câmeras instaladas no terceiro andar, próximo ao corredor que leva ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula se esquiva sobre GSI

Alckmin é o presidente em exercício do Brasil, uma vez que Lula cumpre agendas em Portugal. Mais cedo, durante entrevista em Lisboa, capital lusitana, o petista afirmou que ainda não decidiu os rumos do Gabinete de Segurança Institucional.

“O GSI, que é de minha responsabilidade, quando eu voltar, vou tomar a decisão que achar mais importante para o Brasil”, esquivou-se.

O presidente evitou comentar, também, a possibilidade de instalação de um Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os acontecimentos do oitavo dia deste ano.

“CPI é por conta do Congresso Nacional. Ele decide a hora que quiser decidir; (que) faça a hora que quiser fazer. O presidente da República não vota no Congresso Nacional. Não voto no Senado e não voto na Câmara. Os deputados decidem”, falou.

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