A indústria de Minas Gerais promete executar um pacote de investimentos de R$ 300 bilhões a partir deste ano, de acordo com projeções da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIemg). No cenário nacional, presidentes de grandes empresas afirmam que a economia patinou no primeiro trimestre, mas apostam em melhorias até o fim do ano, principalmente por conta das reformas que tramitam no Congresso Nacional e que podem garantir um segundo semestre mais positivo.
“2023 para Minas Gerais vai ser um ano especial. Nós temos um pacote de investimentos privados das indústrias daqui, o maior da história do estado. Isso vai virando realidade. Nossa expectativa é de que, independentemente do que ocorra no cenário nacional, Minas Gerais vai estar melhor posicionado e ranqueado que o resto do Brasil”, avalia o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.
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Com a mudança de governo na esfera federal, muitas empresas do ramo industrial ainda estão fazendo uma leitura de cenário. O CEO da Gerdau, uma das maiores produtoras de aço do mundo, Gustavo Werneck, destaca um início de ano difícil no Brasil, mas projeta melhorias para os próximos meses.
“A gente acredita que independentemente da convicção politica, do partido que está liderando o país, a economia é muito mais forte do que isso. A economia vai voltar a produzir os efeitos que precisar produzir, na indústria, no emprego. Nos últimos anos, anunciamos pacote de investimento de R$ 5 bilhões e estamos animados para, no futuro, anunciar outros R$ 5 bilhões”, afirmou.
O presidente da Siderúrgica ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula, afirma que a economia patinou no primeiro trimestre no cenário nacional. No entanto, garantiu que a empresa irá fazer investimentos em Minas e no Brasil nos próximos três anos.
“2023 é uma transição, um governo novo e normalmente tem uma inércia, um tempo normal. No primeiro trimestre a economia não está indo bem, mas a gente acredita que é início de ano e que deve recuperar um pouco. Mas a gente está considerando que esse é um ano de transição e que crescimento do PIB não vai ser bom, ficando entre 0,5% e 1%. Do nosso setor, seremos o maior investidor nos próximos 3 anos - estamos investimento R$ 8 bilhões.
