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Alckmin defende taxação sobre Shopee, Shein e outros sites: ‘Precisamos ter concorrência leal’

Vice de Lula mostrou alinhamento ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pregou a favor de mudança na lógica de cobrança por exportações

Alckmin defendeu mecanismo de competitividade entre empresários locais e internacionais

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, nesta sexta-feira (14), que o comércio eletrônico precisa ser baseado em uma “concorrência leal”. Segundo ele, o fim da isenção de impostos para importações de até US$ 50 — R$ 250, aproximadamente — serve para aumentar a competitividade entre os empresários nacionais e as companhias estrangeiras.

“O comércio eletrônico é positivo, mas precisamos ter uma concorrência leal. Não podemos ter uma concorrência desleal: alguém com comércio aqui implantado, pagando imposto, gerando emprego, tendo um tipo de tributação, e outro tipo de tributação fazendo concorrência que não é leal. “O objetivo (da possível mudança), apenas esse”, defendeu, em entrevista à rádio “BandNews FM”.

A ideia da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é taxar envios entre pessoas físicas. A mudança deve ser posta em vigor por meio de Medida Provisória (MP), mas ainda não há data para a edição do texto.

Na prática, a medida deve afetar e-commerces famosas como Shein, Shopee e AliExpress, que hospedam vendedores de itens de diversas categorias. No início da semana, Haddad explicou que o governo trabalha para evitar o “contrabando”.

“O comércio eletrônico faz bem para o país, estimula a concorrência. O que temos de coibir é o contrabando, porque prejudica muito as empresas brasileiras que pagam impostos”, pontuou, em tom semelhante ao adotado por Alckmin nesta sexta-feira.


Otimismo com Reforma Tributária

À “BandNews”, Alckmin disse estar “muito otimista” acerca dos debates sobre a Reforma Tributária. Segundo Alckmin, as mudanças, se concretizadas, vão servir para “simplificar” a lógica da cobrança de impostos

“(A reforma) não é para cobrar de setor A, B ou C, mas para simplificar o modelo, trocando cinco impostos sobre o consumo — ICMS, ISS, IPI, Pis e Cofins — por um Imposto de Valor Agregado (IVA), como o mundo inteiro tem”, salientou. “Você simplifica, estimula investimentos, reduz o ‘Custo Brasil’ e a burocracia, além de estimular a exportação, muito importante para gerar empregos aqui dentro (do país)”, emendou.

A Câmara dos Deputados criou um Grupo de Trabalho (GT) para debater as bases da reforma. No mês passado, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do comitê, projetou apresentar os pilares do projeto de Reforma Tributária. Nos cálculos de Reginaldo, as alterações vão garantir, à economia nacional, crescimento de 12% a 20%.

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