O secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros de Souza, afirmou que a partir de agora, com a assinatura do contrato de concessão do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte, o governo e a empresa concessionária pretendem abrir uma nova janela de diálogo com as prefeituras e podem negociar ajustes no traçado da via.
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“Na fase agora de licenciamento ambiental, nós temos uma nova janela de diálogo, porque o próprio processo pode levar a mudanças. O traçado apresentado e que foi objeto da concessão é um traçado diretriz, mas ele pode sofrer ajustes nessa etapa, até por proposição da própria empresa, visando otimizar ao máximo o aspecto ambiental, social e econômico do projeto”, explicou Pedro Bruno.
Críticas de prefeituras
O traçado do Rodoanel é alvo de críticas por parte das prefeituras de Betim e de Contagem, que apontam irregularidades no traçado e impactos sociais e ambientais da obra. A disputa chegou a ir parar na Justiça, mas o governo de Minas conseguiu manter o leilão e o processo de concessão nos tribunais.
Os prefeitos Vitório Medioli (sem partido) e Marília Campos (PT) não participaram da cerimônia de assinatura do contrato da concessão, realizada na manhã desta sexta-feira (31), na Cidade Administrativa.
“A prefeitura foi convidada para participar deste evento de assinatura do contrato com a empresa que ganhou o leilão, nós não fomos em função da posição que a prefeitura sempre manifestou em todas as audiências com o governo do estado: somos contrários ao traçado do rodoanel, ao projeto atual do rodoanel. Apresentamos junto com a prefeitura de Betim um projeto alternativo ao traçado, já que o atual traçado passa em regiões densamente povoadas, o que vai implicar em centenas de desapropriações e em um prejuízo ambiental, já que ele corta a bacia de Várzea das Flores”, afirmou à Itatiaia a prefeita Marília Campos.
O diretor internacional da empresa que vai assumir a construção e gestão do Rodoanel, a INC S.P.A, Lúcio Perili, afirmou que o traçado previsto no projeto é um indicativo e que podem ser feitas melhorias e ajustes.
“A gente fica sempre aberto, como falou o secretário. Esse traçado é um traçado indicativo, que a gente fará todo o esforço para melhorar ainda. Claro que você não pode fazer o Rodoanel distante da cidade, fora do perímetro físico, geográfico, da cidade. Mas se você mudar o traçado de 100 metros, 200 metros, pode otimizar o impacto sobre uma área, a gente fica bem à disposição. Temos toda a nossa engenharia, temos toda a vontade de reduzir o impacto social da obra”, explicou Perili.
