Em seu primeiro discurso como ministra da Saúde, Nísia Trindade afirmou nesta segunda-feira (2) que sua gestão será pautada pela ciência e pelo diálogo com a sociedade brasileira e com a comunidade científica.
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A nova ministra afirmou que o governo Jair Bolsonaro trouxe um período de “obscurantismo e negação da ciência” para o setor da saúde pública brasileira.
Nísia agradeceu o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendeu o comprometimento do governo com o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Ele (Lula) disse que queria alguém com sensibilidade para o sofrimento do nosso povo, cuidado com esse povo, como ele tanto afirma, sobretudo com a população mais pobre. Pode ter certeza que firmei esse compromisso com muita convicção de quem, há muito tempo, estuda as desigualdades deste país”, afirmou a nova ministra.
Ela afirmou que não é possível comandar um ministério com tantas demandas e ações de forma isolada e disse que pretende fazer parcerias com outros entes do setor. “Minha gestão se pautará pelo imprescindível trabalho colaborativo”, disse.
Nova ministra
Ex-presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, é a primeira ministra da Saúde da história do país. Ela também foi a primeira mulher a assumir a presidência da Fiocruz nos 120 anos da existência da instituição.
Nome fundamental para a vacinação contra covid-19 no Brasil, a socióloga e pesquisadora já participou do processo de transição de governo na área. Ela deve assumir com a missão de comandar uma campanha nacional de imunização contra várias doenças em janeiro, segundo já afirmou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).