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Moraes manda processo de Roberto Jefferson para a Justiça Federal do Rio

Ministro do STF disse que não é da competência da Corte julgar o caso de tentativa de homicídio contra servidores federais

Preso preventivamente, Roberto Jefferson será julgado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro

A Justiça Federal do Rio de Janeiro será responsável por julgar o caso do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), preso após disparar tiros de fuzil e granadas contra agentes da Polícia Federal no mês passado, uma semana antes do segundo turno das eleições.

A decisão é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou que o processo seja levado ao Rio de Janeiro já que não cabe à Corte julgar o caso que envolve um ex-parlamentar. Além disso, como os crimes foram cometidos contra servidores públicos federais, a competência é da Justiça Federal - e não estadual.

Roberto Jefferson está preso desde o dia 23 de outubro, quando foi levado de sua casa até a Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio e, de lá, para o presídio de Benfica.

Jefferson foi indiciado no dia seguinte por quatro tentativas de homicídio. Moraes também determinou a conversão da sua prisão temporária em preventiva e já negou um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do ex-deputado.

Caso Roberto Jefferson

O ex-deputado federal Roberto Jefferson recebeu a tiros de fuzil uma equipe da Polícia Federal que foi até sua casa em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir um mandado de prisão assinado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Em um vídeo que foi compartilhado nas redes sociais, o próprio Jefferson confessou ter disparado contra os policiais e mostrou imagens das câmeras de segurança com imagens da viatura da PF marcada por tiros. Ele também jogou três granadas contra os agentes. Dois deles ficaram feridos e foram levados para o hospital e receberam alta, posteriormente.

Jefferson foi preso no mesmo dia, após horas de negociação com a Polícia Federal. Na época, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ter enviado o ministro da Justiça, Anderson Torres, até o local, mas depois recuou e disse que ele ficou em Juiz de Fora (MG) acompanhando as negociações.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.