Em discurso de abertura da Assembleia Geral da Organizações das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ressaltou as melhorias econômicas registradas no país nos últimos meses e criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo sem citar diretamente o petista.
“No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares. O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas. Esse é o Brasil do passado”, afirmou Bolsonaro, em referência ao ex-presidente.
Economia
Em outra parte do discurso na ONU, Bolsonaro falou sobre os dados econômicos do Brasil e disse que o país encerrará o ano em recuperação.
“Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com a economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A pobreza aumentou em todo mundo sob impacto da pandemia, no Brasil ela já começou a cair de forma acentuada. O desemprego caiu 5 pontos percentuais, chegando a 9%. Reduzimos a inflação com estimativa de 6% no corrente ano. Desde junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%”, disse Bolsonaro.
Guerra na Ucrânia
Ao comentar o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, Bolsonaro afirmou que a guerra causa apreensão em todo o mundo e defendeu um cessar-fogo imediato.
“Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável”, disse Bolsonaro.
“Apoiamos todos os esforços para reduzir os impactos econômicos desta crise. Mas não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção de sanções unilaterais e seletivas, contrárias ao Direito Internacional. Essas medidas têm prejudicado a retomada da economia e afetado direitos humanos de populações vulneráveis, inclusive em países da própria Europa. A solução para o conflito na Ucrânia será alcançada somente pela negociação e pelo diálogo”, continuou.