Ouvindo...

Leishmaniose canina: especialista explica o que é, sintomas e prevenção

Doença também é transmitida por mosquito e, se não tratada, pode ser fatal

Confira como garantir a saúde do seu cachorro

A leishmaniose é uma enfermidade causada por parasitas do gênero Leishmania, que são protozoários unicelulares. Além de humanos, a doença pode atingir pets, incluindo cachorros e gatos. No caso da leishmaniose canina, é preciso observar alguns sinais e ter atenção a possíveis sintomas e formas de prevenção.

“A leishmaniose é uma doença transmitida por um mosquito. Um flebótomo, do gênero Lutzomyia”, explica o médico veterinário José Lasmar. O transmissor também é popularmente chamado de mosquito-palha.

Leia também

Como a leishmaniose é transmitida?

Quando um mosquito infectado pica um hospedeiro, como um cão ou um ser humano, os parasitas são transferidos para a corrente sanguínea do hospedeiro, onde infectam as células do sistema imunológico, como os macrófagos.

Dentro dessas células, os parasitas se reproduzem e podem causar uma variedade de sintomas, dependendo da forma da doença e da resposta imune do hospedeiro.

Quais os principais sintomas da leishmaniose canina?

Conforme explicado pelo médico veterinário, os principais sintomas da leishmaniose nos cães são:

  • Emagrecimento;
  • Crescimento exagerado das unhas;
  • Pele com seborreia;
  • Caspa;
  • Descamação;
  • Queda de pelos;
  • Feridas na pele;
  • E aumento dos linfonodos.

Como prevenir a leishmaniose canina?

A leishmaniose canina não tem cura definitiva. Por isso, a melhor abordagem para a doença é adotar medidas de prevenção.

“Hoje, a prevenção pode ser feita com o uso de coleiras repelentes. Antigamente, existia uma vacina, a Leish-Tec, que foi retirada do mercado por não estar fazendo o efeito desejado”, explica o especialista

“É possível utilizar repelente também, mas os repelentes têm curto efeito. A coleira, não”, afirma o veterinário José Lasmar. “Você coloca a coleira, ela dura dois meses, no mínimo. Tem coleira até de oito meses de eficácia”.

Além disso, é preciso adotar medidas que impeçam a proliferação do mosquito, como a limpeza periódica dos quintais e a retirada de matéria orgânica, como folhas e frutos, pois os flebotomíneos se desenvolvem nesses locais.

* Com supervisão de Marina Dias.


Participe dos canais da Itatiaia:

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia