A vacina que protege os cães de casos graves da Leishmaniose Visceral foi suspensa no ano passado, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) constatar a ineficácia do produto. De acordo com o MAPA, a falta de eficácia da vacina gera risco à saúde animal e também à saúde humana. O imunizante era disponibilizado apenas em clínicas veterinárias particulares.
A doença é transmitida para animais e humanos através da picada da fêmea infectada do mosquito palha. Até que uma nova vacina seja introduzida no Brasil, a orientação de médicos veterinários para prevenir a doença está no controle ambiental e no uso de inseticidas.
'É bom que as pessoas saibam que para proteger da infecção é necessário o uso do inseticida. Tem que usar o colar inseticida, tem que usar a pipeta inseticida, tem que usar produtos inseticidas que matem os insetos transmissores. Isso seja nos cães ou nos ambientes. Medidas ambientais também podem ajudar, podar as árvores, deixar o sol bater mais nos ambientes deixando o solo mais seco, deixando aquele ambiente mais inviável para a reprodução do inseto’, destaca o presidente da Sociedade Mineira de Medicina Veterinária, Vitor Ribeiro.
Segundo o especialista, os sintomas da doença nos cães são:
- Perda de apetite;
- Emagrecimento;
- Pelo opaco;
- Queda de pelos;
- Aparecimento de feridas na pele (em especial na face, focinho e orelhas);
- Crescimento exagerado das unhas;
- Perda dos movimentos das patas traseiras.
De acordo com o médico veterinário, o controle da doença nos animais é feito por meio de coleta de sangue para exames. É necessária a avaliação de anticorpos e a avaliação da carga parasitária no organismo dos animais. Por meio destas análises é possível saber se o animal tem chances de viver com a doença.
A Leishmaniose tem tratamento e o animal infectado precisa ser acompanhado a cada seis meses. Se não tratada de forma adequada, a doença pode levar à morte do animal. “O tratamento da leishmaniose canina ainda não é unânime e não tem uma droga totalmente eficaz. Existe uma droga de eficácia temporária, o que exige que o cão seja levado ao veterinário de seis em seis meses”, conclui Vitor Ribeiro, presidente da Sociedade Mineira de Medicina Veterinária.
Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.