A bolsa de valores brasileira, a B3, lançou nessa quinta-feira (16) o Índice do Tesouro Selic (TSLC), desenvolvido para monitorar as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), títulos pós-fixados atrelados à taxa básica de juros e emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Esse é o primeiro indicador para investidores acompanharem o desempenho de títulos públicos.
Com a Selic em patamares históricos,
Somente em agosto, foram realizadas 861,8 mil operações de investimento em
Essa característica vai possibilitar a inclusão de títulos com menor spread (diferença entre os preços de compra e venda de um ativo), e um menor turnover (frequência com que os componentes são comprados e vendidos em um determinado período) nas carteiras nos rebalanceamentos. A metodologia resulta em uma melhor replicação para os gestores, com custos mais baixos, e em um produto mais eficiente para o investidor final.
Segundo o gerente de Produtos da B3, Hênio Scheidt, o índice reflete o compromisso da bolsa em oferecer produtos que atendam às necessidades do mercado brasileiro. “Com esse indicador, os investidores terão uma ferramenta robusta para análise e monitoramento da dinâmica dos títulos públicos”, afirmou.
Requisitos para as LFTs comporem o índice
As LFTs selecionadas para o Índice Tesouro Selic devem cumprir três requisitos na data de rebalanceamento:
- Terem sido emitidas há pelo menos dois meses;
- Prazo de vencimento igual ou superior a doze meses;
- Volume de negociação diário no mercado secundário que esteja entre os 75% mais representativos dos últimos três meses.
As LFTs serão ponderadas de forma mista, sendo 50% com base no valor de mercado e outros 50% com base na liquidez do ativo. O rebalanceamento vai ocorrer trimestralmente, no quinto dia útil dos meses de janeiro, abril, julho e outubro.