A economia brasileira iniciou o quarto trimestre com uma queda de 0,2% em outubro, segundo dados do
Esse é o segundo mês seguido de queda do IBC-BR, que teve uma retração de 0,2% em setembro. Dessa vez, o resultado foi impactado por um recuo de 0,7% na atividade industrial, e de 0,2% no setor de serviços, contrariando os resultados setoriais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O resultado só não foi pior por conta de um avanço de 3,1% no setor agropecuário. Sem esse impulso, a queda na atividade econômica medida pelo Banco Central seria de 0,3%, de acordo com o economista sênior do banco Inter, André Valério.
“Dessa forma, o IBC-Br sugere a continuidade da tendência de acomodação do crescimento, movimento que também é observado nos dados do IBGE. Isso ocorre apesar das altas registradas em outubro, que refletem os efeitos defasados da política monetária restritiva”, disse o especialista.
Segundo Valério, nos segmentos mais sensíveis à política monetária, nota-se os impactos da
“Assim, o cenário aponta para uma desaceleração já consolidada da atividade econômica, ainda que não intensa o suficiente para indicar uma recessão no horizonte. Essa deterioração, combinada à desinflação recente, reforça nossa expectativa de início dos cortes da Selic no primeiro trimestre, em especial na reunião de janeiro”, explicou.
Com o resultado, a expectativa é de que acomodação do crescimento da economia brasileira ao longo do quarto trimestre, com o PIB apresentando estabilidade no período e encerrando o ano com alta de 2,2%.