Como empresas podem identificar a sobrecarga física antes que vire problema de saúde

Orientações da Fundacentro e do Ministério da Saúde orientam pequenas e médias indústrias na identificação precoce de fadiga, posturas forçadas e esforço repetitivo para evitar doenças relacionadas ao trabalho

Ergonomia adequada ajuda a identificar a sobrecarga física antes que ela se transforme em adoecimento

No ambiente das indústrias a identificação da sobrecarga física que pode estar incidindo sobre os trabalhadores não começa com um laudo médico, mas com monitoramento de sinais cotidianos de cansaço intenso, dor recorrente e improvisos no posto de trabalho em linhas de produção, oficinas e áreas de apoio.

É possível diagnosticar a sobrecarga ao observar e detalhar fatores como levantamento de cargas, repetitividade, ritmo de produção e organização da jornada. Informações divulgadas pela Fundacentro e pelo Ministério da Saúde apontam caminhos objetivos para que gestores de pequenas e médias indústrias ajustem tarefas e ambientes antes que os sintomas evoluam para lesões, afastamentos e maior custo para as empresas.

O que é sobrecarga física

A publicação “Pontos de verificação ergonômica”, produzida pela Fundacentro a partir de informações da OIT, associa sobrecarga física à combinação de levantamento manual de cargas, movimentos repetitivos, posturas forçadas e falta de pausas. E o manual “Doenças relacionadas ao trabalho – Manual de procedimentos para os serviços de saúde”, do Ministério da Saúde, reforça que o problema resulta da soma entre esforço, tempo de exposição e forma de organizar o trabalho.

Os principais sinais de alerta que segundo a Fundacentro, passam pelo desconforto em ombros, lombar e punhos, necessidade de apoios improvisados e cansaço intenso antes do fim da jornada. O Ministério da Saúde complementa que uso frequente de medicamentos para suportar o turno, faltas ligadas a dor musculoesquelética e pausas “informais” repetidas indicam que a carga física já ultrapassou o limite saudável.

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Ajustes simples no posto e na rotina

Medidas de baixo custo, como fracionar cargas, usar carrinhos e dispositivos de apoio, ajustar alturas de bancadas e reduzir deslocamentos desnecessários para diminuir o esforço físico. Os manuais também indicam alternância entre tarefas pesadas e leves, inclusão de pausas programadas e rodízio em atividades repetitivas como estratégias relevantes para pequenas e médias indústrias.

Além destas medidas, listas de verificação ergonômica aplicadas em conjunto por trabalhadores, supervisores e gestão, para observar o chão de fábrica e priorizar mudanças podem ser benéficas para o monitoramento da saúde. O Ministério da Saúde orienta ainda que, diante de sinais de adoecimento relacionado ao trabalho, os serviços de saúde realizem vigilância, notifiquem casos e apoiem as empresas na revisão de processos e organização do trabalho, com foco em prevenção.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.

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