A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) vai atuar na COP30 para viabilizar o financiamento climático e aproximar o mercado de capitais e os investidores da pauta climática. A explicação é do diretor de relacionamentos com clientes da bolsa brasileira, Rogério Santana, ao CNN Talks, nesta quarta-feira (15).
A ideia é conectar o setor público e setor privado a potenciais investidores, de modo a impulsionar os chamados “produtos verdes”, como as debêntures verdes, leilões e concessão de serviços de saneamento e manejo e preservação florestal.
“O nosso papel como infraestrutura de mercado é de conectar as pontas. A gente faz isso no mercado de ações e no mercado de renda fixa, conectando empresas, investidores, intermediários e especialistas. O nosso papel na COP é circular. É tentar engajar esses participantes de uma maneira ativa com o protagonismo das diversas discussões”, afirmou Rogério em entrevista ao CNN Money.
Financiamento climático
No CNN Talks, Rogério destacou que o mercado de carbono já começou a se desenvolver no Brasil, mas que ainda há camadas de regulação que precisam ser debatidas.
“O setor privado, em várias dinâmicas de financiamento, funciona muito bem, no crédito, no mercado de dívida, no mercado de ações, na composição de investidores locais e estrangeiros e as instituições financeiras que são o óleo e a engrenagem que faz rodar o mercado financeiro”, disse o diretor.
De olho na COP30, o governo brasileiro anunciou investimento de US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 5,3 bilhões) no TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), um mecanismo multilateral de financiamento para apoiar a conservação de florestas ameaçadas em todo o mundo.
As declarações foram feitas durante o “CNN Talks - COP30", que acontece nesta quarta-feira (15), em Brasília.
O evento reúne os principais tomadores de decisão da agenda ambiental para antecipar os temas centrais da COP30, que acontece em novembro, no Pará.
O CNN Talks acontece em Brasília logo após a Pré-COP oficial.
Com Vitória Queiroz e Anna Júlia Lopes, da CNN Brasil
