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Competências que se formam fora da linha de produção
Leonardo Saraiva de Souza, analista de Lazer e Esportes do Sesi Minas Gerais, explica que a prática esportiva desenvolve habilidades valorizadas no ambiente corporativo, como cooperação, comunicação e tomada de decisão em grupo. “Empresas que promovem torneios internos de futsal ou vôlei relatam que equipes antes fragmentadas passaram a se comunicar melhor no cotidiano produtivo”, observa Leonardo.
Alex Silvério da Silva, coordenador de Lazer e Esportes do Sesi Minas Gerais, reforça que a participação em esportes contribui para o desenvolvimento de habilidades de liderança, pois estimula a tomada de decisão, a comunicação eficaz, o trabalho em equipe e a gestão de conflitos. “Indivíduos que praticam esportes tendem a apresentar melhor capacidade de decisão e maior aptidão para trabalho colaborativo”, afirma.
Indicadores que justificam o investimento
Os principais sinais dos benefícios das atividades esportivas no ambiente corporativo incluem redução do estresse, aumento da produtividade e melhora do clima organizacional. O documento técnico produzido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Unversidade de Santa Catarina (UFSC) intitulado “Promoção da atividade física na atenção primária à saúde” e publicado em 2025, reforça que a prática regular melhora o foco, a produtividade e a criatividade, pois aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro e estimula neurotransmissores ligados à atenção e motivação.
“Os feedbacks mais importantes dos participantes estão relacionados à percepção de bem-estar, melhora no humor, aumento da disposição, maior integração entre colegas e equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, destaca Alex. O desempenho e o clima da equipe tendem a melhorar após a implementação regular de atividades físicas, principalmente nos espaços ao ar livre oferecidos pelos clubes.
Leonardo observa que pequenas e médias empresas podem incentivar o esporte entre funcionários com poucos recursos. As estratégias incluem realização de aulas coletivas, implementação de desafios com metas saudáveis e formação de grupos de corrida, caminhada e ciclismo. “O caminho mais acessível costuma ser começar por práticas que não dependem de equipamentos complexos, como caminhadas em grupo, desafios de passos e dinâmicas de comunicação”, sugere Leonardo.
Atividade física como direito fundamental
O Ministério da Saúde reconhece que a atividade física está diretamente associada à prevenção e ao tratamento de doenças crônicas, mas também pode promover sociabilidades, sentimento de pertencimento e novos aprendizados que ampliam o repertório sociocultural das pessoas. Desde 2013, por meio da Lei nº 12.864, a atividade física foi inserida como um dos fatores determinantes e condicionantes da saúde.
Para trabalhadores de todas as faixas etárias, a atividade física proporciona benefícios substanciais: auxilia no relaxamento, no controle do peso corporal, na redução da intensidade das dores nas costas, na redução do risco de depressão, além da criação e fortalecimento de laços sociais. Um local apropriado que proporcione encontros para atividade física também se torna espaço de trocas culturais, de socialização, um espaço de produção de saúde em sentido mais amplo.
Clubes esportivos mantidos por empresas, parcerias com equipamentos públicos de lazer e programas internos de atividade física não são concessões paternalistas. São reconhecimento de que trabalhadores saudáveis, equilibrados e integrados produzem mais, adoecem menos e permanecem mais tempo na empresa.
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