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Presidente da Bolívia exige medidas de segurança na fronteira após operação no Rio

O pedido de Paz foi direcionado ao atual presidente do país, Luis Arce Catacora

Confira as vias interditadas por traficantes no Rio após megaoperação contra o CV

O presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Paz, pediu, nesta quarta-feira (29), que o país implementasse medidas de controle e segurança para impedir a entrada de membros de organizações criminosas do Brasil no país, após a operação Contenção, que matou 121 pessoas no Rio de Janeiro.

O pedido de Paz foi direcionado ao atual presidente do país, Luis Arce Catacora, pedindo para que as “medidas de controle e segurança necessárias para impedir a entrada de território boliviano de membros de organizações criminosas do Brasil” fossem implementadas “imediatamente”.

“A proteção de nossas fronteiras e a segurança dos cidadãos bolivianos devem ser prioridade nacional, acima de quaisquer diferenças políticas”, dizia o comunicado.

“A Bolívia não pode permitir que estruturas criminosas estrangeiras se infiltrem em seu território ou comprometam a segurança do Estado. O país exige coordenação, responsabilidade e determinação”, concluiu.

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Operação no Rio de Janeiro

A Operação Contenção, a mais letal da história do Rio de Janeiro, teve início nessa terça-feira (28) e causou caos na cidade, interrompendo o tráfego em várias áreas e provocando o fechamento de escolas municipais e postos de saúde. Ela ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio.

A repercussão da operação alcançou âmbito mundial.

A capital enfrentou um cenário de guerra durante o confronto dos mais de 2,5 mil policiais e os integrantes do Comando Vermelho - facção que era alvo da polícia. Foram feitas barricadas por traficantes, trocas de tiros e até lançamento de granadas com drones.

O primeiro balanço apontava 64 mortos, entre eles quatro policiais. O segundo balanço, divulgado nesta quarta (29) pela Defensoria Pública, aponta 132 mortes. Posteriormente, a Polícia Civil do RJ divulgou que foram 119 mortos, sendo 115 traficantes e quatro policiais. Mais tarde, o governo do Rio confirmou 121 mortes. Vários corpos foram encontrados em uma área de mata nesta manhã e continuam sendo resgatados por moradores das comunidades.

O primeiro balanço apontava 81 presos. Nesta quarta, a PCERJ divulgou que são 113 presos no total, sendo 33 de outros estados e 10 adolescentes. Também foram apreendidas 118 armas e 14 artefatos explosivos.

O número de mortos superou os bombardeios de Israel à Faixa de Gaza nessa terça-feira (28) e o massacre do Carandiru.

Quatro moradores foram atingidos por balas perdidas, incluindo uma mulher baleada dentro de uma academia. Foram apreendidos quase 100 fuzis, além de uma grande quantidade de munições e granadas. Entre os mortos, estavam os policiais Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos; Rodrigo Velloso Cabral, de 34; Cleiton Serafim Gonçalves, de 42; e Heber Carvalho da Fonseca, de 39.

*Com CNN

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.