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Fabiana Justus exalta SUS em tratamento de câncer: ‘Todos têm esse direito’

A influenciadora respondeu dúvidas dos seguidores sobre doação de medula óssea nesta quarta-feira (24)

Fabiana Justus

Ao responder dúvidas dos seguidores nas redes sociais sobre doação de medula óssea, Fabiana Justus exaltou o Sistema Único de Saúde (SUS). A influenciadora, diagnosticada com leucemia mieloide aguda, explicou que mesmo ela fazendo o tratamento em um hospital particular, “todos têm esse direito”.

Um seguidor questionou se o valor gasto no transporte da medula do doador até o paciente é pago pela própria pessoa, mas Fabi explicou: “Todo trâmite, desde a coleta da medula, o transporte dessa medula, até chegar no receptor, ele é feito pelo SUS. Então, independente de eu estar em um hospital particular, pagar o tratamento ou não, esse processo do transplante, o transporte da medula chegar até você [é feito pelo SUS].”

“Mesmo que seja uma doação no Brasil, você é de São Paulo e seu doador é da Bahia, esse transporte para chegar até você é o SUS. Transporte lá de fora também é o SUS que garante, que faz, que orgniza tudo. Todos têm esse direito, é do SUS”, destacou ela.

Ela explicou sobre seu doador: “ Doou lá na cidade dele e essa bolsa, que é tipo de sangue meio laranja, ela veio nesse transporte feito pelo SUS. Onde estiver seu doador, sua medula vai até você. O doador não precisa viajar, ele faz na cidade dele e tudo controlado.”

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Pega da medula

Diferente de transplantes com órgãos sólidos, no caso da influenciadora o órgão é líquido, como explica Mariana Chalup, hematalogista do Cancer Center Oncoclínicas. "É um sangue que está presente dentro dos ossos, então não é possível, como no caso de órgão sólidos, a gente fazer uma cirurgia para retirada desse tecido que é um tecido líquido”, pontua.

Para “destruir a medula óssea doente”, o paciente passa por doses altas de quimioterapia. Depois, ele recebe a medula doada através de um cateter, como se fosse uma transfusão.

“Essas células sanguíneas do doador vão ficar então circulando por um período no corpo desse paciente até que elas consigam encontrar o local restrito da medula óssea, da produção de células sanguíneas. E elas vão amadurecer e voltar a produzir os componentes do sangue” , explica a médica.

A hematologista esclarece que a pega da medula “é um marcador do momento que é percebido que o corpo do paciente está conseguindo produzir novamente as células do sangue”.

Essa constatação ocorre após um exame de hemograma, que é feito diariamente nos pacientes transplantados.

Diagnóstico de Fabiana Justus

No dia 25 de janeiro deste ano, Fabiana revelou ter sido diagnosticada com leucemia mieloide aguda e falou sobre a descoberta em vídeo postado nas redes sociais. Segundo a influenciadora, ela foi hospitalizada com ‘uma dor esquisita nas costas e febre’. A partir dali, ela foi internada, passou por exames, colocou o cateter e já começou a quimioterapia.

No dia 27 de março, Fabiana contou que conseguiu um doador 100% compatível com ela e que faria o tão esperado transplante de medula óssea. Após 13 dias, ela relatou que conseguiu a ‘pega’ e avançou no tratamento, recebendo alta hospitalar em 16 de abril.


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Natasha Werneck é jornalista formada pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). Foi repórter de Política e Cultura do Jornal Estado de Minas e já atuou em portais como Hugo Gloss e POPline. Foi estagiária da Itatiaia e retornou à empresa em 2023, como repórter de Entretenimento.