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Fabiana Justus revela que medula óssea doada veio do exterior: ‘plano B era minha família’

Fabiana Justus conseguiu doador de medula óssea 100% compatível

Fabiana Justus conseguiu doação de medula óssea em 27 de março

A influenciadora Fabiana Justus, de 37 anos, contou nesta terça-feira (23) que seu doador de medula óssea mora no exterior, mas que ela ainda não pode conhecê-lo.

Inicialmente, a filha de Roberto Justus esclareceu que, diferente do transplante de órgãos sólidos, o de medula óssea não tem uma fila de espera.

“O órgão sólido pode servir para várias pessoas, mas a medula óssea tem que ser compatível com uma pessoa”, disse ao responder uma caixinha de perguntas em uma rede social.

Primeiro, o doador se cadastra e depois ganha um número no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

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“Eles testam essa compatibilidade com todo mundo que está no sistema, no nacional do Redome e no internacional também. Então, no meu caso, encontraram fora do Brasil”, revela.

“A única informação que eu tenho é que ele é de fora do Brasil e é um homem. Por enquanto só posso saber disso, depois vou poder escrever carta e, possivelmente, conhecer, se Deus quiser”, acrescenta.

Fabiana detalha o processo. “Você tem que encontrar um doador compatível, esse doador tem que estar apto e disposto a doar, porque se ele se cadastrou faz tempo e está numa fase da vida que não pode doar, enfim, tem mil fatores, as coisas têm que fluir e dar certo. Ficava rezando muito e meu doador graças a Deus estava super apto a doar, ele entendeu a urgência que meus médicos explicaram lá no documento e ele doou muito rápido”, disse.

“O transplante de medula óssea é muito específico, então se o meu doador, por exemplo, não tivesse sido chamado para doar pra mim. Provavelmente ele não iria ser chamado nunca, porque para ele ter duas gêmeas de medula no mundo é muito difícil. Não é tão simples assim, tão fácil encontrar uma pessoa 100% compatível com você", completa.

Antes de entrar no sistema, familiares de Fabiana testaram a compatibilidade de medula. Porém, eles tinham apenas 50%. “Eles foram atrás para ver se tinha um doador 100% compatível, mas tinha o plano B da minha família”, destaca.

“Você se cadastra e espera uma ligação para possivelmente salvar a vida de uma pessoa, que é muito lindo”, finaliza.

Pega da medula

Diferente de transplantes com órgãos sólidos, no caso da influenciadora o órgão é líquido, como explica Mariana Chalup, hematalogista do Cancer Center Oncoclínicas. "É um sangue que está presente dentro dos ossos, então não é possível, como no caso de órgão sólidos, a gente fazer uma cirurgia para retirada desse tecido que é um tecido líquido”, pontua.

Para “destruir a medula óssea doente”, o paciente passa por doses altas de quimioterapia. Depois, ele recebe a medula doada através de um cateter, como se fosse uma transfusão.

“Essas células sanguíneas do doador vão ficar então circulando por um período no corpo desse paciente até que elas consigam encontrar o local restrito da medula óssea, da produção de células sanguíneas. E elas vão amadurecer e voltar a produzir os componentes do sangue” , explica a médica.

A hematologista esclarece que a pega da medula “é um marcador do momento que é percebido que o corpo do paciente está conseguindo produzir novamente as células do sangue”.

Essa constatação ocorre após um exame de hemograma, que é feito diariamente nos pacientes transplantados.

Diagnóstico de Fabiana Justus

No dia 25 de janeiro deste ano, Fabiana revelou ter sido diagnosticada com leucemia mieloide aguda e falou sobre a descoberta em vídeo postado nas redes sociais. Segundo a influenciadora, ela foi hospitalizada com ‘uma dor esquisita nas costas e febre’. A partir dali, ela foi internada, passou por exames, colocou o cateter e já começou a quimioterapia.

No dia 27 de março, Fabiana contou que conseguiu um doador 100% compatível com ela e que faria o tão esperado transplante de medula óssea. Após 13 dias, ela relatou que conseguiu a ‘pega’ e avançou no tratamento, recebendo alta hospitalar em 16 de abril.


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Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.