Diagnosticada com leucemia mieloide aguda, desde 25 de janeiro, Fabiana Justus, de 37 anos, contou nesta terça-fera (23), em suas redes sociais, sobre como funciona o transplante de medula óssea, no qual a influenciadora passou. Sem poder conhecer seu doador, que mora no exterior, a filha de Roberto Justus abriu uma caixinha de perguntas no Instagram e diversos usuários questionaram Fabiana, se ela entrou ou não, na fila de espera da medula.
Rapidamente, a empresária esclareceu que, diferente do transplante de órgãos sólidos, o de medula óssea não tem uma fila de espera.
“Não existe “fila” no transplante de medula óssea! UMA pessoa no mundo vai ser compatível com você. E só com você! Inclusive, eles cuidam tanto, que tem países em que as pessoas não podem nem se conhecer, após o transplante”, explicou ela, sobre as diversas perguntas envidas sobre o assunto.
Fabiana falou, ainda, sobre a compatibilidade de cada doador.
“Cada doador tem que ser COMPATÍVEL com o receptor. Por isso a mesma medula não pode ser doada para outra pessoa! Algumas coisas até precisam ser na sorte, você precisa encontrar o doador compatível, ele tem de estar apto e disposto a doar”, disse ela.
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“Eu quis muito explicar sobre isso, porque as pessoas confundem a doação de medula com a doação de órgão sólido, onde tem fila, e aí ele pode ser usado tanto para um senhor mais velho ou uma pessoa mais jovem. O que eu sei, é que o transplante de medula óssea é muito específico, então se o meu doador, por exemplo, não tivesse sido chamado para doar para mim, provavelmente, ele não ia ser chamado nunca, porque para ele ter duas gemes de medula óssea no mundo, é muito difícil”, esclareceu ela.
A empresária esclareceu que, diferente do transplante de órgãos sólidos, o de medula óssea não tem uma fila de espera.
Doação de medula óssea
Muito confundido com a doação de órgão sólido, a doação de médula óssea, acontece, primeiro,
Vale lembrar, que diferente de transplantes com órgãos sólidos, no caso da influenciadora o órgão é líquido, como explica Mariana Chalup, hematalogista do Cancer Center Oncoclínicas.
"É um sangue que está presente dentro dos ossos, então não é possível, como órgão sólidos, a gente fazer uma cirurgia para retirada desse tecido que é um tecido líquido”, pontua.
Para “destruir a medula óssea doente”, o paciente passa por doses altas de quimioterapia. Depois, ele recebe a medula doada através de um cateter, como se fosse uma transfusão.
“Essas células sanguíneas do doador vão ficar então circulando por um período no corpo desse paciente até que elas consigam encontrar o local restrito da medula óssea, da produção de células sanguíneas. E elas vão amadurecer e voltar a produzir os componentes do sangue”, explica a médica.
A hematologista esclarece que a pega da medula “é um marcador do momento que é percebido que o corpo do paciente está conseguindo produzir novamente as células do sangue”.
Essa constatação ocorre após um exame de hemograma, que é feito diariamente nos pacientes transplantados.