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Eleições 2024: conheça as propostas dos candidatos em BH para a área do Meio Ambiente

De estatização de empresas até criação de novos parques na capital, os dez candidatos à prefeitura de Belo Horizonte apresentam suas ideias nessas eleições

A despoluição da Lagoa da Pampulha é um dos grandes desafios da pauta ambiental em Belo Horizonte

Com o fim do prazo para a homologação das candidaturas na última quinta-feira (15), dez candidatos concorrem ao Executivo municipal de Belo Horizonte: Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Indira Xavier (UP), Lourdes Francisco (PCO), Mauro Tramonte (Republicanos), Rogério Correia (PT) e Wanderson Rocha (PSTU).

Além de informações sobre patrimônio, os candidatos precisam enviar também o plano de governo com as propostas que irão executar, caso sejam eleitos.

A Itatiaia apurou, através do DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quais são as ideias dos candidatos para a pasta do Meio Ambiente na capital mineira.

Confira, em ordem alfabética, quais são elas:

Bruno Engler (PL)

Bruno Engler propõe reflorestar áreas verdes e degradadas, assim como a ampliação e melhoria na estrutura de parques e espaços verdes em BH.

Na área de descarte de produtos e reciclagem, o candidato quer criar um ecoponto para depósito de lixo reciclável e também aprimorar a coleta seletiva, especialmente em vilas, favelas e aglomerados.

No plano de governo, Engler também cita intervenções para captação de água da chuva na capital, mas não detalha como isso seria feito ou para que seria usado. O deputado ainda fala sobre parcerias com o terceiro setor (organizações sem fins lucrativos) para promover educação ambiental nas escolas.

Carlos Viana (Podemos)

Assim como Bruno Engler, Carlos Viana também pretende reforçar a coleta seletiva em Belo Horizonte. No plano de governo o candidato ainda fala sobre o processo de limpeza da Lagoa da Pampulha. Se vencer, Viana quer revisar e acompanhar as ações do plano de despoluição de um dos principais pontos turísticos da cidade. Ele também quer retirar ligações clandestinas de esgoto que deságuam na lagoa.

O senador ainda quer otimizar o uso dos aterros sanitários em BH, com práticas sustentáveis na gestão de resíduos sólidos, mas não informa detalhes.

    Duda Salabert (PDT)

    A candidata informou que, logo no primeiro dia de governo, se eleita prefeita, quer declarar estado de emergência climática e enviar à Câmara Municipal de BH (CMBH) e criar um cargo de autoridade que fique responsável por mudanças climáticas no município.

    Salabert também defende a participação das escolas na causa ambiental. Se eleita, Duda quer que as instituições municipais sejam usadas como espaços verdes com plantio, jardins de chuvas e hortas para aulas de educação climática.

    A candidata ainda diz no documento que quer enviar para a CMBH um projeto de lei que estimule empresas que geram resíduos e gases a terem mecanismos para monitorar a qualidade do ar, conectado ao sistema estadual.

    Fuad Noman (PSD)

    O atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, define que, se reeleito, quer implantar mais parques na capital. Dentre eles, o Parque Ciliar do Onça, Parque Taiobeiras e um novo parque no bairro Jardim América.

    O candidato do PSD também diz que quer instalar novos refúgios climáticos em Belo Horizonte para servir como pontos de descanso e hidratação, além de criar corredores verdes nas avenidas da cidade para ajudar na diminuição da temperatura e na absorção da água da chuva.

    No plano de governo, Fuad também promete implementar um planejamento estratégico de arborização do município até 2050.

    Gabriel Azevedo (MDB)

    O vereador e presidente da CMBH, se virar prefeito, assim como Fuad Noman também quer arborizar Belo Horizonte com o plantio de árvores e a criação de corredores verdes.

    O candidato também cita, no plano de governo, que quer otimizar o serviço de coleta, ampliar a capacidade de reciclagem com mais lixeiras na cidade e criar o Programa de Proteção das Águas.

    No documento, Gabriel Azevedo ainda menciona o incentivo à construções sustentáveis e à adoção de animais, com ampliação de espaços de lazer para animais domésticos em parques e praças.

    Indira Xavier (UP)

    Indira Xavier, do Unidade Popular, tem em seu plano de governo a meta de exterminar a mineração da cidade de Belo Horizonte. Assim como Gabriel Azevedo e Fuad Noman, a candidata também quer criar parques, mas detalha que esses serão ao longo do leito re rios, com reassentamento de famílias que estiverem em áreas de inundação, fundo de vale e encostas.

    Também como seus adversários, Xavier quer plantar mais árvores em Belo Horizonte com a participação de estudantes e funcionários de escolas municipais, despoluir córregos e rios e universalizar a coleta seletiva no município.

    Lourdes Francisco (PCO)

    Na área de Meio Ambiente, a candidata do Partido da Causa Operária propõe a estatização do fornecimento de água, esgoto e energia elétrica.

    Mauro Tramonte (Republicanos)

    O deputado estadual e candidato do Republicanos à prefeitura de Belo Horizonte quer uma nova solução para a despoluição da Lagoa da Pampulha, mas não detalha como. Ele também, assim como seus adversários, quer criar corredores verdes em Belo Horizonte, novos parques e jardins.

    Mauro Tramonte ainda fala sobre preparar a cidade para eventos relacionados a mudanças climáticas, com destaque para áreas com deslizamentos de terra, inundações e alagamentos, além de sugerir obras nas bacias dos córregos, mas não detalha quais.

    No documento, o candidato propõe formas de estimular a coleta seletiva, o recolhimento de recicláveis, a limpeza e a recuperação de áreas da cidade.

    Rogério Correia (PT)

    Rogério Correia propõe instituir o Plano Municipal de Enfrentamento e Adaptação às Mudanças Climáticas, criar o Parque Nacional da Serra do Curral e atingir a meta de uma árvore por habitante em Belo Horizonte em um prazo de oito anos.

    O candidato também quer, se eleito prefeito, quer transformar lotes vagos e vazios para a plantação de hortas comunitárias ou pontos de coleta de resíduos orgânicos para compostagem.

    O plano de governo ainda fala sobre a criação de um programa para prevenção e combate aos incêndios florestais, promete monitorar e cobrar da COPASA a implementação das ações voltadas à universalização dos serviços de esgotamento sanitário da Bacia da Pampulha e também incentivar à instalação de ecopontos.

      Wanderson Rocha (PSTU)

      O professor e candidato do PSTU sugere criar um novo modelo de mineração e reparar os atingidos das barragens em Bento Gonçalves e Brumadinho, mas não explica como a Prefeitura de BH iria ajudar neste processo. Assim como alguns de seus adversários, ele também quer desenvolver programas voltados para a educação ambiental e a criação de novos parques municipais, estações ecológicas e florestas urbanas.

      Wanderson Rocha também quer levar a coleta seletiva para todos os bairros do município e, de alguma forma, valorizar as cooperativas de reciclagem e trabalhadores do setor.

      O candidato ainda propõe a alternativas para o Rodoanel, mas não detalha quais.

        Leia também

        Os planos de governo de todos os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte estão disponíveis, na íntegra, no DivulgaCandContas.


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        Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.