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Justiça analisa suposta compra de votos em Esmeraldas após denúncia do MP

Marcelo Nonato teria prometido asfaltar uma rua em troca de apoio de um influente morador de um bairro local

Marcelo Nonato, prefeito reeleito de Esmeraldas

A Justiça Eleitoral de Minas Gerais marcou para esta quinta-feira (31) a audiência de instrução do processo por compra de votos contra o prefeito de Esmeraldas, na Grande BH, Marcelo Nonato (Solidariedade). Ele foi reeleito para a prefeitura no último dia 6 de outubro com 64,39% dos votos.

Segundo a denúncia, Marcelo Nonato teria prometido asfaltar a Rua Joviano Naves, no bairro Santa Cecília, onde reside Jaci Silvano Coelho, um morador influente da região, em troca de apoio político. O candidato é acusado de ter visitado a residência de Jaci no dia 27 de agosto, quando teria feito a promessa.

De acordo com a petição, o líder comunitário apoiava outro candidato, mas mudou de ideia ao receber a promessa de asfaltamento da rua. Após a reunião entre Marcelo Nonato e Jaci, a Prefeitura de Esmeraldas deu início ao asfaltamento da rua, completando a obra no trecho onde reside Jaci.

A peça jurídica ainda afirma que, segundo testemunhas, Jaci é uma figura respeitada no bairro, capaz de influenciar de 200 a 400 votos em favor de um candidato. À Justiça, a prefeitura da cidade informou que o asfaltamento foi realizado com recursos próprios.

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Ainda segundo a Promotoria, a necessidade de asfaltamento na rua era conhecida pela administração municipal há anos, mas não havia sido priorizada até o momento em que Jaci decidiu apoiar Marcelo Nonato. O Ministério Público pede que o prefeito reeleito seja impedido de tomar posse e que a Justiça “reconheça a captação ilícita de sufrágio, impedindo-se ou cassando-se a diplomação”.

A reportagem da Itatiaia tentou contato com Marcelo Nonato, mas ainda não teve retorno.


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