O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, neste domingo (3), que
“Eu estava falando da Amazônia - sou de Pernambuco - com uma ministra que nasceu na Amazônia, foi seringueira no Acre e se alfabetizou aos 16 anos. Portanto, ela tinha que falar. Foi um gesto de reconhecimento e de mostrar ao mundo que o Brasil está levando essa questão muito a sério”, afirmou, em entrevista coletiva antes de deixar a sede da COP 28.
Segundo Lula, o objetivo do Brasil é “convencer” e não “brigar”.
“Queremos convencer as pessoas que investem em agricultura, indústria de móveis e criação de gado, que é plenamente possível a gente manter a floresta intacta e ter terra para plantar o que quiser. Com o avanço da genética e da engenharia, a gente pode produzir muito mais na mesma quantidade de hectares se discutirmos o melhoramento da terra”, apontou.
Nesse sábado (2), ao discursar sobre a Amazônia, Marina Silva afirmou que, em 11 meses de governo, o desmatamento na floresta diminuiu 49%. Neste domingo, Lula falou sobre a necessidade de cuidar das áreas afetadas.
“Estamos com um programa muito sério, que é a recuperação de quase 40 milhões de hectares de terras degradadas. Isso é, praticamente, quase o que temos plantado hoje. Portanto, vamos poder dobrar a produção do que a gente quiser sem mexer em nenhum de nossos biomas. Precisamos manter a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal e a Amazônia intocáveis, sem precisar mexer”, defendeu.