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Concessionárias podem deixar de administrar ganhos com passagens de ônibus em BH; entenda

Atualmente, as empresas concessionárias do transporte coletivo de BH são responsáveis pelo sistema de bilhetagem, através da Transfácil

Projeto de lei aprovado em 1º turno pretende contratar empresa separada para administrar dinheiro das passagens

Vereadores de Belo Horizonte aprovaram em primeiro turno, nesta segunda-feira (23), um projeto de lei que proíbe a contratação de empresas ligadas às concessionárias dos ônibus municipais para administrar o dinheiro da bilhetagem. O projeto, de autoria da vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), foi aprovado com 32 votos a favor e sete contrários.

Segundo a vereadora, atualmente as próprias empresas concessionárias fazem o trabalho de bilhetagem eletrônica. Para isso, elas constituíram uma nova empresa, a Transfácil, que faz o recebimento e distribuição do dinheiro. A ideia do projeto de lei é fazer uma licitação que contratará uma empresa a parte, sem ligação com as concessionárias, para realizar o serviço.

O projeto de lei destaca, ainda, que ficaria vedada a contratação de empresas que “tenham em seus quadros societários sócios e/ou cônjuges, companheiros, parentes em linha reta, colateral ou por afinidade até o terceiro grau, de integrante de empresa concessionária operadora do serviço de transporte coletivo”.

“Hoje, temos um sistema que ninguém tem números, a gente não sabe quanto que o sistema arrecada, a gente não sabe como que o sistema distribui esse dinheiro dentro das empresas, inclusive em relação ao subsídio, não só o pagamento ali do bilhete pelo usuário. A partir do próximo contrato em 2028, caso essa proposta passe, a gente pode revolucionar a mobilidade urbana de Belo Horizonte. Nós teríamos uma licitação para empresa que vai fazer a bilhetagem eletrônica, com mais concorrência e mais benefícios para cidade”, afirma a parlamentar.

A Itatiaia procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) para comentar sobre o assunto, e este espaço está aberto para o posicionamento.

Com informações do repórter Edson Costa