O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), afirmou, nesta segunda-feira (21), que
Há, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos, uma ala que acredita na existência de imagens não fornecidas à PF. A corporação move Inquérito a respeito da manifestação que culminou em invasões a prédios dos três Poderes da República, em Brasília (DF).
“Há uma disputa política na CPMI com o objetivo de desviar a atenção em relação aos que, infelizmente, tentaram dar um golpe de estado. As imagens que estão no inquérito da Polícia Federal já foram entregues. Se houver outras imagens, serão entregues do mesmo jeito. Não temos nenhum problema com transparência”, disse o ministro.
‘Tentativa de golpe de Estado’
Ao entregar equipamentos como viaturas às forças de segurança pública de Minas, Dino falou que os vídeos de 8 de janeiro mostram “aglomerados de criminosos cometendo crimes”.
“Fomos vítimas de crimes e de uma vil tentativa de golpe de estado. Não há nada que possa impedir essa realidade”, assinalou. “Estamos diante de uma situação em que terroristas, agressores, criminosos, tentam desviar a atenção para seus próprios crimes. Então, tem muita invenção. Essa é uma das invenções”, destacou, aludindo a parlamentares de oposição que querem incriminar o próprio Governo Lula pelos ataques dos radicais bolsonaristas.
Segundo Dino não há, nas imagens gravadas, elementos que comprovem a participação de eventuais “infiltrados”. Ele também afastou a possibilidade de omissão por parte do Governo Federal.
“O que aconteceu no dia 8 de janeiro? Está nos autos, nas investigações. Um conjunto de pessoas extremistas, violentas, criminosas, foram estimuladas a quebrar tudo. Desde o dia 9 de janeiro, falam em infiltrados. Nunca apareceu um infiltrado. Desde o dia 9 de janeiro, falam em omissões. Nunca apareceu essa omissão”, defendeu.
Pedido de Maia
Na semana passada, Dino já havia prometido averiguar a existência de possíveis imagens ainda não divulgadas. A garantia veio após
“Não há dúvidas de que as fitas vieram para cá. (...) Mas nós sabemos que não existem apenas duas câmeras na entrada do Ministério da Justiça, quem já foi lá sabe que existem câmeras em todos os corredores, em todos os andares, etc. O pedido da CMPI foi muito além do que aquilo que foi enviado pelo Ministério da Justiça”, cobrou.